O dólar abriu a semana em queda firme no mercado local, alinhado à onda de enfraquecimento da moeda americana no exterior.
A perspectiva de que o confronto entre Israel e Irã possa não se estender e ficar circunscrito entre os dois países, sem envolvimento direto dos Estados Unidos, diminuiu a aversão ao risco no exterior, abrindo espaço para recuperação de mercados acionários e divisas emergentes.
Com mínima a R$ 5,4856 na reta final dos negócios, o dólar à vista encerrou a sessão de ontem em queda de 1%, a R$ 5,4861 - menor valor de fechamento desde 7 de outubro (R$ 5,4859). Após o escorregão, a moeda americana passa a recuar 4,08% em junho, o que leva as perdas acumuladas no ano a 11,23%.
Operadores também citaram dados positivos da economia chinesa - varejo e indústria - e o possível desenlace das decisões de política monetária no Brasil e nos EUA na quarta-feira, 18, com manutenção de amplo diferencial de juros interno e externo, como pontos favoráveis ao recuo do dólar.
O real apresentou o melhor desempenho entre as divisas latino-americanas. Considerando as moedas mais líquidas, ficou atrás apenas do rublo russo e do novo shekel israelense.
"O mercado parece estar tirando um pouco dos ativos os prêmios de risco relacionados à guerra entre Israel e Irã. É só olhar o preço do barril do petróleo voltando um pouco", afirma o economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima. "Além disso, os dados positivos da China acabam ajudando as moedas da América Latina, como o real." (Agência Estado)