Com uma transição energética emergente, é preciso que as empresas entendam o seu papel nesse contexto. Foi o que afirmou Luciana Rabelo, gestora do Instituto Aço Cearense.

"Eu sempre falo que grandes empresas impactam muito o ambiente, mas essas empresas precisam reconhecer também que precisam ter conexão com tudo aquilo que o ambiente está sofrendo com esse impacto."

Nesse sentido, reforça que essa preocupação com a responsabilidade social, com o ambiente, com as questões climáticas, não são só questionamento, nem teoria.

"Chegou a hora de a gente praticar, de colocar a mão na massa e entender que as empresas precisam fazer isso de fato. Não é só postagem [...] E, se os grandes empresários entendem que querem contribuir, que contribuam de fato. Que realmente tirem do bolso o investimento."

Já Rui Aguiar, chefe do escritório do Unicef em Fortaleza, fez uma analogia com o problema de analfabetismo no Brasil que, mesmo com todos esses anos, ainda não conseguiu resolver esta questão. No caso da questão climática, avalia que "não dá para esperar".

"Não podemos consumir mais 75 anos para resolver os problemas que essas mudanças climáticas estão causando. E que se acumulam aos problemas antigos e novos [...] Esse debate não está suficientemente instalado nas comunidades, nas escolas, nas conversas de casa."