O Ibovespa escalou mais um degrau em sua trajetória de renovação de máximas históricas e alcançou, ao longo do dia, o recorde de 141.303,55 pontos. No encerramento de ontem, ficou um pouco abaixo do limiar, aos 140.927,86, em alta de 1,35%.
Já o dólar, após rondar a estabilidade ao longo da tarde, se firmou em baixa na última hora de negócios, encerrando a sessão em queda de 0,28%, a R$ 5,4050. O número ficou perto da mínima do dia (R$ 5,4040).
Trata-se do menor valor de fechamento desde 24 de junho de 2024, quando tinha fechado em R$ 5,39. A divisa acumula queda de 1,42% na semana e de 12,53% em 2025.
Operadores relatam possível entrada de fluxo para a bolsa e para a renda fixa domésticas. A liquidez mais reduzida, na véspera do feriado de 4 de julho nos EUA, onde os mercados estarão fechados, deixou a formação da taxa de câmbio mais sujeita a transações pontuais.
Dados fortes do mercado de trabalho americano esfriaram as apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve já neste mês, levando ao fortalecimento do dólar ante pares, como o euro e o iene, e à alta das taxas dos Treasuries. Boa parte das divisas emergentes, contudo, subiu em relação ao dólar, apoiada pela valorização de commodities, como o minério de ferro, na esteira de dados positivos da economia chinesa.
"O real e o peso mexicano se fortaleceram com provável entrada de recursos. No Brasil, vimos isso nitidamente na bolsa, que teve um dia muito bom, quase atingindo os 141 mil pontos. E temos um carrego muito positivo para a moeda", afirma o economista-chefe da corretora Monte Bravo, Luciano Costa, que vê continuidade do movimento de giro global de carteiras em favor de emergentes.
No mercado de ações, o desempenho histórico foi obtido mesmo sem apoio de Vale ON, a principal ação da carteira, que fechou o dia em baixa de 0,47%. Contudo, a sessão na B3 foi amplamente positiva para as ações de primeira linha, com destaque para os grandes bancos, como Bradesco (ON 2,12%, PN 2,38%) e Itaú (PN 2,47%), e para Petrobras (ON 0,46%, PN 0,34%).
"Foi um dia de propensão a risco, mas com volume reduzido pela proximidade do feriado americano, com destaque para o resultado bem acima do esperado para a geração de emprego nos Estados Unidos", diz Matheus Spiess, analista da Empiricus, destacando também a aproximação da data final, em 9 de julho, para que os parceiros da maior economia do mundo fechem entendimentos sobre tarifas. (Agência Estado)
Papéis
Apenas nove ações da carteira teórica do Ibovespa, de 84 papéis, chegaram ao fim da sessão no campo negativo