O dólar acentuou bastante o ritmo de alta no mercado local ao longo da tarde de ontem, com busca por posições cambiais defensivas após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que pretendia anunciar novas tarifas para o Brasil.
Com o mercado à vista já fechado, o Trump anunciou tarifas de 50% a produtos brasileiros, o que levou a uma disparada do dólar futuro para agosto, que atingiu o nível de R$ 5,63, em paralelo à deterioração dos demais ativos domésticos.
O dólar à vista, que registrou máxima a R$ 5,5034 na reta final dos negócios, encerrou a sessão em alta de 1,04%, a R$ 5,5024 - o maior valor de fechamento desde 25 de junho (R$ 5,5551). A liquidez foi contida em razão de feriado no estado de São Paulo. Com a arrancada de ontem, a divisa passa a acumular alta de 1,43% na semana. No ano, a moeda americana acumula queda de 10,97%.
Já o Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, recuou 1,31%, aos 137.480,79 pontos, menor nível desde 27 de junho, com giro a R$ 22,5 bilhões. Da mínima à máxima do dia, oscilou dos 137.299,04 aos 139.330,70, saindo de abertura aos 139.302,85 pontos. Na semana, acumula até aqui perda de 2,68%, passando assim ao negativo no mês (-0,99%). No ano, sobe 14,30%.
Depois do fechamento do índice à vista, o Ibovespa futuro mostrava perda ainda maior, na casa de 2,5%, com a divulgação de carta emitida pelo presidente Trump em que, não apenas volta a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro, como também impõe uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros que chegam aos Estados Unidos.
Em Nova York, os principais índices acionários fecharam o dia com ganhos entre 0,49% e 0,94% na sessão. (Agência Estado)