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Alckmin diz que lei de reciprocidade deve ser regulamentada até terça-feira
Economia

Alckmin diz que lei de reciprocidade deve ser regulamentada até terça-feira

A legislação, aprovada pelo Congresso Nacional, autoriza o Brasil a adotar medidas contra países que impuserem barreiras às exportações brasileiras
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O vice-presidente também destacou que o governo está trabalhando para reverter as tarifas (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)
Foto: Bruno Peres/Agência Brasil O vice-presidente também destacou que o governo está trabalhando para reverter as tarifas

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou neste domingo que a regulamentação da chamada Lei da Reciprocidade deve ser publicada até terça-feira, 15.

A legislação, aprovada pelo Congresso Nacional, autoriza o Brasil a adotar medidas tarifárias e não tarifárias contra países que impuserem barreiras às exportações brasileiras - caso recente dos Estados Unidos, que decidiram sobretaxar os produtos exportados pelo País em 50%.

"O Congresso Nacional aprovou uma lei importante chamada de reciprocidade, dizendo: o que tarifa lá, tarifa aqui. Ela permite não só questões tarifárias, mas também não tarifárias. E a regulamentação, que é por decreto, deve estar saindo amanhã ou terça-feira", declarou Alckmin, em entrevista concedida após evento em Francisco Morato (SP).

O vice-presidente também destacou que o governo está trabalhando para reverter as tarifas impostas pelos Estados Unidos e que pretende levar o tema à Organização Mundial do Comércio (OMC).

"Não se justifica essa tarifa, ela inclusive prejudica também o consumidor norte-americano [...] Além disso, dos dez produtos que eles mais exportam para nós, oito não têm imposto. Nós vamos trabalhar para reverter isso."

Segundo ele, a resposta brasileira também será construída em diálogo com o setor privado.

"A ideia é conversar com setores importantes da agricultura e da indústria, como laranja, café, carne, aço... Há uma integração entre os países de produção, especialmente na siderurgia e na indústria automotiva, e o mundo econômico precisa de estabilidade e previsibilidade", afirmou.

A entrevista foi concedida após a inauguração de um viaduto em Francisco Morato (SP), obra que recebeu R$ 31 milhões em investimentos, sendo R$ 25 milhões do governo federal e R$ 6 milhões da prefeitura.

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A previsão é de que as cobranças comecem em 1º de agosto, mas Trump deixou aberta a possibilidade de negociações. O republicano também ameaça elevar as tarifas se os governos adotarem retaliação.

Além das cartas, há ainda países que fecharam acordo comercial com os EUA nas últimas semanas. É o caso do Reino Unido, que enfrentará uma sobretaxa de 10%, mas terá benefícios em alguns setores. O Vietnã terá tarifa de 20% sobre quase todos os produtos, bem abaixo da alíquota de 46% prevista em abril. Já a China negociou uma redução tarifária de 145% para 55%.

Veja a lista atualizada até o momento:

- Japão

- Coreia do Sul

- Casaquistão

- Mianmar

- Malásia

- Laos

- África do Sul

- Tailândia

- Sérvia

- Indonésia

- Bósnia e Herzegovina

- Bangladesh

- Tunísia

- Camboja

- Argélia

- Líbia

- Iraque

- Moldávia

- Brunei

- Filipinas

- Sri Lanka

- Brasil

- Canadá

- México

- União Europeia

 

Fontes: Truth Social de Trump; Casa Branca; Wells Fargo; TD Securities.

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