Os espigões da Avenida Beira-Mar de Fortaleza, localizados nas avenidas Rui Barbosa e Desembargador Moreira, estão em fase de teste de carga. De acordo com a Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf), o procedimento está sendo fiscalizado.
"Os trabalhos são de responsabilidade do Consórcio Píer Beira-Mar, formado pelas empresas Beach Park e Social Clube. A fiscalização realiza o acompanhamento das intervenções para certificar-se da execução do projeto original e se a reforma atende às normas técnicas pertinentes à execução", informou em nota.
Agora, é possível ver caminhões e equipamentos de construção na orla da Capital, com sinalização. Em nota, o consórcio informou que "está aguardando apenas a liberação dos alvarás pela Prefeitura de Fortaleza para dar início à execução das obras."
Conforme divulgado anteriormente pelo O POVO, a ideia é que a execução da primeira estrutura, o Píer Ideal, comece ainda neste mês. Ainda não há confirmação sobre o cronograma oficial de execução nem sobre as possíveis interdições na orla durante as obras.
A expectativa das companhias responsáveis pelo empreendimento é entregar os espaços de forma escalonada, com intervalos de seis meses entre as fases, ao longo de dois anos.
O investimento previsto é de R$ 23 milhões para melhorias urbanísticas nos espaços, com o acesso aos equipamentos permanecendo gratuito. A revitalização inclui três restaurantes de médio e grande porte, além de espaços como carrossel, torre de queda livre, fonte interativa, quiosques e lanchonetes.
O secretário municipal do Desenvolvimento Econômico, Antônio José Mota, inclusive confirmou à Rádio O POVO CBN, em fevereiro deste ano, a presença de marcas consolidadas do setor gastronômico de Fortaleza nos novos equipamentos, como o Santa Grelha, o Ryori, e o La Pasta Gialla.
Além disso, O POVO questionou a Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) o processo de licenciamento, assim como os estudos ambientais apresentados pelo consórcio. Por ainda estar em andamento, não é possível ter acesso.
Em nota, explicou que está "seguindo todas as etapas estabelecidas para uma análise criteriosa. O procedimento envolve a avaliação técnica e legal por parte da Seuma, bem como a participação de outras secretarias e órgãos competentes, garantindo que todos os aspectos urbanísticos, ambientais e administrativos sejam devidamente considerados."
Para o pesquisador do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), Paulo Sousa, sem o estudo ambiental, não é possível entender os impactos que a obra pode causar.
"Se não houver alteração física significativa na estrutura, como aumento do comprimento do espigão, dificilmente haverá impacto direto sobre a fauna marinha, como os golfinhos, por exemplo."