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Abipesca pede crédito para reduzir impacto do tarifaço
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Abipesca pede crédito para reduzir impacto do tarifaço

| Prejuízo| Estados Unidos são destino de 70% do pescado exportado pelo Brasil
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| Prejuízo| Estados Unidos são destino de 70% do pescado exportado pelo Brasil (Foto: Aurelio Alves)
Foto: Aurelio Alves | Prejuízo| Estados Unidos são destino de 70% do pescado exportado pelo Brasil

A Associação Brasileira das Indústrias de Pescado (Abipesca) protocolou ontem um pedido formal ao governo federal para a criação de uma linha emergencial de crédito voltada às indústrias exportadoras do setor. O objetivo é reduzir os impactos imediatos da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros.

 

De acordo com a associação, o mercado norte-americano é o destino de cerca de 70% do pescado exportado pelo Brasil. Com a nova taxação, o setor estima que cerca de R$ 300 milhões em produtos estejam parados entre pátios portuários, embarcações e unidades industriais.

O pedido foi protocolado no Palácio do Planalto e se dirige ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A proposta da Abipesca prevê crédito emergencial de R$ 900 milhões, com seis meses de carência e prazo de 24 meses para pagamento.

De acordo com a Abipesca, a taxação levou o setor a enfrentar uma "grave crise de capital de giro", uma vez que não há como redirecionar essa produção ao mercado interno "que já se encontra abastecido e não absorve os cortes específicos voltados à exportação".

"Caso não haja uma resposta rápida, 35 indústrias e aproximadamente 20 mil trabalhadores, incluindo pescadores artesanais, podem ser impactados com cortes e paralisações", afirmou a associação.

No documento protocolado, a associação também solicita que o governo brasileiro intensifique as negociações para reabertura do mercado europeu, fechado às exportações brasileiras de pescado desde 2017.

No último dia 9, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras a partir do dia 1º de agosto.

Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à rádio CBN, que o Brasil não vai sair da mesa de negociação com os Estados Unidos. Haddad disse, porém, que o governo vem trabalhando em planos de contingência para ajudar os setores mais prejudicados com o plano de Donald Trump. (Agência Brasil)

 

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