O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ontem que sempre cede pontos tarifários em negociações "se conseguir que grandes países abram seus mercados para os EUA". O republicano afirmou que apenas reduzirá as tarifas "se um país concordar em abrir seu mercado". Caso contrário, os EUA devem anunciar "tarifas muito maiores".
Em série de publicações na Truth Social, Trump ainda afirmou que esse é um dos "grandes poderes das tarifas". "Sem elas, seria impossível fazer os países abrirem seus mercados! Sempre tarifas zero para os EUA!", escreveu.
As declarações foram feitas após um novo acordo comercial fechado com o Japão, na terça-feira. "O mercado aberto do Japão pode representar um fator de lucro tão grande quanto as próprias tarifas, mas só foi conquistado por causa do poder das tarifas", acrescentou.
Durante evento sobre inteligência artificial (mais informações nesta página), Trump afirmou - sem citar o Brasil - que "alguns países com quem não estamos nos dando bem pagarão tarifa de 50%" Até o momento, o País é o único com taxação nesse patamar. "Teremos tarifa entre 15% e 50%."
A Casa Branca divulgou ontem detalhes sobre o que chamou de "acordo histórico" de comércio e investimento entre EUA e Japão. O pacto inclui um novo fundo bilionário de investimentos e ampliação de produtos americanos ao mercado japonês.
O Japão se comprometeu a investir US$ 550 bilhões "direcionados pelos EUA para reconstruir e expandir indústrias americanas essenciais". De acordo com a Casa Branca, trata-se do maior compromisso de investimento estrangeiro já anunciado por qualquer país e que será aplicado em setores como semicondutores, infraestrutura energética e mineração de minerais críticos, indústria farmacêutica e construção naval. (Agência Estado)
Acordo
Tóquio se comprometeu a aumentar em 75% as importações de arroz, além de adquirir US$ 8 bilhões em milho, soja, fertilizantes, bioetanol e combustível sustentável para aviação. Empresas japonesas comprarão 100 aviões da Boeing e ampliarão compras de equipamentos militares dos EUA