A M. Dias Branco, divulgou nesta sexta-feira, 8, o balanço do 2º trimestre de 2025. O grupo empresarial cearense teve resultado positivo entre abril e junho, atingindo lucro líquido de R$ 216,4 milhões, o que representa um aumento de 14% em comparação ao mesmo período do anterior. A empresa é a maior fabricante de massas e biscoitos do país.
Comparando com o 1º trimestre do ano, quando o índice ficou em R$ 69,4 milhões, a empresa conseguiu melhorar o resultando, tendo taxas de aumento de 212% entre os períodos.
A receita líquida no trimestre foi de R$ 2,7 bilhões, com alta de 3,6% em relação ao ano anterior. Já no comparativo ao 1º trimestre, o índice foi reajustado, subindo 23,3%.
Segundo Fabio Cefaly, diretor de Novos Negócios e Relações com Investidores da indústria, o resultado foi positivo graças ao crescimento no faturamento de todos os grupos de produtos da M. Dias Branco.
No volume de vendas geral, a empresa teve um aumento de 16% em relação aos três meses anteriores, atingindo 457 mil toneladas, ante os 394 mil toneladas anteriores. Quando comparado com o ano de 2024, o volume de produção teve uma redução de (9,8%).
Fabio explicou que a retração na produção em comparação ao ano anterior se deu por conta do mercado geral de biscoitos, que caiu 3%. Ele conta que todas as empresas aumentaram os preços devido à alta no óleo de palma e a desvalorização do real, que afetou o volume.
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 345 milhões entre abril e junho, mostrando crescimento de 2,4% referente ao ano anterior. Já comparando com os três meses anteriores, o aumento chegou a 114,4%, pois era de R$ 160,9 milhões.
"Foi um trimestre muito bom, tudo cresceu, receita cresceu, Ebitda cresceu, lucro cresceu e geramos mais caixa", concluiu o diretor.
Questionado pelo O POVO sobre possíveis efeitos nas exportações da empresa, referente ao tarifaço de 50% em produtos brasileiros, imposto por Donald Trump, o executivo esclareceu que os impactos são mínimos, mas que estudam o cenário junto à Associação de Biscoitos e Massas.
"O impacto é mínimo, é muito pequeno, porque as exportações para os Estados Unidos representam 0,5% da receita total. É menos de 1%, então assim, é um impacto muito baixo [...] Tem um time de exportação que está dedicado, que está fazendo a leitura desse situação", afirmou.
Com relação às exportações gerais, Fabio contou que empresa vem fazendo um bom trabalho, tendo resultados positivos no trimestre.
Ainda que a empresa apresente bons resultado nas vendas internacionais, e busca sempre novos mercados, o diretor contou que o cenário no Brasil é ainda mais otimista.
"A gente tem tanta oportunidade no Brasil, para crescer os biscoitos, as massas, principalmente fora do Nordeste, no Brasil inteiro", disse.
Marcas
Dentre as marcas no portfólio da empresa estão a Fortaleza, Piraquê, Adria, Vitarella e Jasmine