O Ceará, indica a pesquisa, obteve os seus piores indicadores nas categorias de Infraestrutura (17º), Empreendedorismo (16º) e Propriedade Intelectual (13º).
O gerente do Observatório, Guilherme Muchale, explica o desempenho afirmando que os três são uma agenda de médio a longo prazos, que demoram a apresentar melhorias.
"São iniciativas que já têm sido trabalhadas aqui a nível estadual, mas que de fato demandam tempo para gerar resultados. Não é uma agenda que, de um ano para o outro, você consegue mudar o cenário", justifica.
Quanto à propriedade intelectual, aponta ser necessária uma agenda com maior integração da universidade com as empresas. "Ou seja, maior investimento privado em ciência, tecnologia e inovação que, no médio e longo prazo vai resultar em um número maior de patentes."
No que se refere a parte de infraestrutura, entende que os parques tecnológicos precisam ampliar ainda mais quanto aos do Sudeste. "É um estado que tem avançado nos investimentos relacionados à infraestrutura logística, mas especificamente para inovação ainda pode ganhar algumas posições nesse sentido."
Inclusive, ele cita que esse ponto pode aprimorar o indicador de empreendedorismo, pois os avanços de novos negócios e startups dependem dessa infraestrutura.
"Ter uma estrutura de apoio forte, ajuda muito nesse processo e ter editais contínuos de financiamento, assim como demanda contínua por parte das grandes empresas facilita muito esse trabalho. "