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Cesta básica: Com Fortaleza, preços caem em 24 das 27 capitais do País
Economia

Cesta básica: Com Fortaleza, preços caem em 24 das 27 capitais do País

Fortaleza teve deflação de 2,04% em agosto, com cesta básica custando R$ 723,06. A média brasileira ficou em R$ 700,51
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FORTALEZA-CE, BRASIL, 26-12-2024: Preço Comparado, analizando o aumento do valor de alguns alimentos, como abacate e cenoura. (Foto: Fernanda Barros/ O Povo) (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS FORTALEZA-CE, BRASIL, 26-12-2024: Preço Comparado, analizando o aumento do valor de alguns alimentos, como abacate e cenoura. (Foto: Fernanda Barros/ O Povo)

Incluindo Fortaleza, 24 das 27 capitais brasileiras analisadas tiveram redução no preço da cesta básica em agosto.

A análise é realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), por meio da Pesquisa Nacional de Preços da Cesta Básica de Alimentos.

Maceió (-4,10%), Recife (-4,02%), João Pessoa (-4%), Natal (-3,73%), Vitória (-3,12%) e São Luís (-3,06%) obtiveram as maiores reduções no valor da cesta de produtos.

Nem todas as cidades entraram no cenário positivo de baixas: Macapá (0,91%), Palmas (0,65%) e Rio Branco (0,02%) contaram com o aumento geral dos 12 itens considerados.

Olhando o recorte do ano entre dezembro de 2024 e agosto de 2025, nas 17 capitais onde é possível analisar, Fortaleza (7,32%) teve a maior elevação. Recife (6,93%) e Salvador (5,54%) entram em seguida.

Mesmo com o panorama de queda, algumas capitais ainda possuem média elevada do valor na cesta básica, é o caso de São Paulo, com o maior valor. O preço da cesta na capital paulista chegou a R$ 850,84 em agosto.

Florianópolis (R$ 823,11), Porto Alegre (R$ 811,14), Rio de Janeiro (R$ 801,34) e Cuiabá (R$ 800,22) entraram na sequência entre os valores mais caros.

Entre os que tiveram os menos valores, Aracaju (R$ 558,16), Maceió (R$ 596,23), Salvador (R$ 616,23), Natal (R$ 622) e João Pessoa se destacaram. A média da cesta básica nacional ficou em R$ 700,51.

Veja os valores da cesta básica pelo País:

  • São Paulo R$ 850,84
  • Florianópolis R$ 823,11
  • Porto Alegre R$ 811,14
  • Rio de Janeiro R$ 801,34
  • Cuiabá R$ 800,22
  • Campo Grande R$ 768,79
  • Curitiba R$ 752,63
  • Vitória R$ 743,47
  • Brasília R$ 739,10
  • Belo Horizonte R$ 725,90
  • Fortaleza R$ 723,06
  • Palmas R$ 720,45
  • Goiânia R$ 718,94
  • Boa Vista R$ 693,84
  • Belém R$ 687,30
  • Macapá R$ 672,50
  • Teresina R$ 663,41
  • Manaus R$ 657,22
  • São Luís R$ 644,21
  • Rio Branco R$ 641,27
  • Porto Velho R$ 631,28
  • Recife R$ 629,14
  • João Pessoa R$ 622,08
  • Natal R$ 622,00
  • Salvador R$ 616,23
  • Maceió R$ 596,23
  • Aracaju R$ 558,16

Fonte: Dieese e Conab

Salário mínimo ideal é de R$ 7.147,91 no Brasil, aponta Dieese

Levando como base o valor praticado em São Paulo, o maior registrado no Brasil, seria necessário ter um salário mínimo de R$ 7.147,91 para a manutenção de uma família de quatro pessoas, considerando gasto com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário e higiene, transporte, lazer e previdência, aponta Dieese.

O montante é 4,71 vezes maior do que o salário mínimo nacional, de R$ 1.518. Com o recebido atualmente, tirando o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador nacional compromete 49,89% do recurso com a alimentação básica.

Fortaleza é 11ª capital com a cesta básica mais cara

O preço da cesta básica em Fortaleza também teve uma deflação, de 2,04% em agosto. Com a redução, o conjunto dos 12 principais produtos que compõem a cesta passaram a custar R$ 723,06 na Capital.

Considerando o salário mínimo praticado no País, que é de R$ 1.518, o trabalhador precisaria despender 104h e 47 minutos de sua jornada mensal para comprar os alimentos essenciais. A jornada mensal correspondente é de 220h, atualmente.

Segundo a análise, uma família de dois adultos e duas crianças gasta em média R$ 2.169,18 com alimentação em Fortaleza. Levando em conta o salário mínimo, o trabalhador fortalezense compromete 51,49% do seu salário mensal com alimentos básicos.

No contexto de semestre e ano na Capital, o valor teve variação de 1,74% e 14,68%, respectivamente. Os números mostram que a cesta básica está mais cara que no começo do ano (R$ 710,66), e igual de 2024 (R$ 630,48).

Entre os principais itens que tiveram maior impacto na redução do valor geral estão: tomate (-12,49%), arroz (-2,43%), feijão (-1,94%) e açúcar (-0,94).

Em compensação, a banana (3,13%) o óleo (2,17%) e o leite (1,05%) tiveram alta nos valores. Confira a lista com os itens que tiveram variação:

Veja a lista dos itens da cesta básica e suas variações:

  • Carne -0,57%
  • Leite 1,05%
  • Feijão -1,94%
  • Arroz -2,43%
  • Farinha 0,00%
  • Tomate -12,29%
  • Pão -0,24%
  • Café 0,14%
  • Banana 3,13%
  • Açúcar -0,94%
  • Óleo 2,17%
  • Manteiga 0,06%

Fonte: Dieese e Conab

Confira o cenário completo da Capital do Ceará

• Valor da cesta: R$ 723,06.
• Variação mensal: -2,04%.
• Variação em 6 meses: 1,74%.
• Variação em 12 meses: 14,68%.
• Jornada necessária para comprar a cesta básica: 104 horas e 47 minutos.
• Produtos com alta em relação ao mês anterior: banana (3,13%), óleo (2,17%), leite (1,05%), café (0,14%), e manteiga (0,06%).
• Produtos com redução em relação ao mês anterior: tomate (-12,29%), arroz (-2,43%), feijão (-1,94%), açúcar (-0,94%), carne (-0,57%) e pão (-0,24%).
• Produtos sem alteração em relação ao mês anterior: farinha (0,00%).
• Percentual do salário mínimo líquido (R$ 1.404,15) para compra dos produtos da cesta básica na capital: 51,49%. • R$ 7.147,91 é o salário mínimo necessário para uma família com 4 pessoas, o que corresponde a 4,71 vezes o mínimo vigente, de R$ 1.518.

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