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Suprema Corte dos EUA analisa em novembro tarifas de Trump
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Suprema Corte dos EUA analisa em novembro tarifas de Trump

|ofensiva comercial | Corte federal de apelações considerou ilegal parte das medidas
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TARIFAS de Trump estão sendo questionadas na justiça americana (Foto: NDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP)
Foto: NDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP TARIFAS de Trump estão sendo questionadas na justiça americana

A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu ontem ouvir, na primeira semana de novembro, os argumentos sobre a legalidade das tarifas aduaneiras promovidas pelo presidente Donald Trump, cuja administração pediu ao tribunal uma "decisão expeditiva" sobre o tema.

Uma corte federal de apelações determinou, no fim de agosto, que Trump excedeu suas atribuições para impor grande parte das tarifas adotadas contra seus parceiros comerciais desde o republicano que voltou à Casa Branca, embora tenha permitido que continuem em vigor enquanto a máxima corte se pronuncie a respeito.

Pressionada pelo governo republicano, a Suprema Corte aceitou ontem examinar o caso com urgência e programou uma audiência sobre o tema para "a primeira semana de novembro".

O governo argumentou perante a máxima instância as consequências prejudiciais de invalidar as tarifas e perder uma ferramenta de pressão chave nas negociações com os parceiros comerciais dos Estados Unidos.

O temor de tarifas exorbitantes levou muitos dos parceiros dos EUA, incluindo a União Europeia (UE), a se absterem de tomar retaliações e a abrir ainda mais seus mercados para produtos americanos.

Trump invocou a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional para impor tarifas "recíprocas" a quase todos os parceiros comerciais de seu país, com um nível base de 10% e taxas mais altas para dezenas de economias, incluindo a UE e o Japão.

Também utilizou atribuições similares para impor tarifas separadas a México, Canadá e China devido ao que, segundo ele, seria o fluxo de drogas letais que entram nos Estados Unidos.

Essas tarifas, que se diferenciam daquelas implementadas sobre setores como o automotivo, aço, alumínio e cobre, são o foco do conflito jurídico.

O tribunal de apelações considerou que uma lei de emergência econômica não conferia ao presidente "o poder de impor tarifas e outros impostos", sendo esta prerrogativa do Congresso.

No entanto, foram apresentados vários desafios legais contra as tarifas, e um tribunal de apelações decidiu no mês passado, por sete votos a quatro, que muitos desses impostos eram ilegais, confirmando a conclusão de um tribunal inferior. (AFP)

 

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