As vendas do setor de bares e restaurantes, em agosto, cresceram 2,5% no Ceará, ficando acima da média nacional, que foi de 2,2%, aponta relatório. O dado foi divulgado pela Stone, ','nm_citno':'fintech','width':'180','height':120,'cd_tetag':'103082','align':'Left','js-changed':'1','id_tetag_tipo':7}">
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brasileira, em parceria com Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Porém, a avaliação é que a cerveja mais cara impacta atualmente.
Em comparação com igual período de 2024, os números do Estado também cresceram, embora com menor expressividade. O aumento no período foi de 1,3%.
Segundo Taiene Righetto, presidente da Abrasel no Ceará, o aumento no faturamento no Estado veio muito por conta da maior quantidade de turistas, principalmente no período de férias.
Ainda que com crescimento, Taiene alerta que a situação do setor ainda não é confortável. Quase metade dos 47 mil estabelecimentos tentam, frisa, pagar dividas do período da pandemia, o que acaba baixando a margem de lucro dos restaurantes.
Com o aumento do preço da cerveja, alguns estabelecimentos foram impactados. O peso do valor não foi para todos, por conta dos estoques existentes, mas a longo prazo deve complicar ainda mais o contexto, sendo repassado para os clientes.
“O impacto vai ser pesado, sim. Acredito que a gente vai claro absorver um pouco desse impacto, mas não vai dar para aguentar todo esse repasse. Então pouco deve ser repassado”.
Outros produtos encareceram, segundo o presidente: o café, os pescados, os frutos do mar e os ovos foram os principais vilões para os bares e restaurantes.
“A carne, por outro lado, representou uma queda nos custos: “Alguns insumos como carne, por exemplo, tiveram um pouco de queda. Não sei se isso vai se sustentar, mas teve queda. Eu acho que um pouco da deflação do mercado que está acontecendo tem a ver um pouco também com essas tarifas (de exportação).”
Taiene comentou sobre os desafios enfrentados pelo setor, destacando o repasse da inflação para os clientes, como uma grande dificuldade: “Não temos conseguido repassar isso até por conta da condição social do brasileiro. A gente não pode aumentar muito o preço, porque perde cliente”.
A falta de mão de obra foi outro ponto citado pelo presidente. Ele conta que pelo menos 5 mil vagas estão ociosas.
“A gente está enfrentando uma crise muito grande de mão de obra nesse setor, muito grande mesmo. A gente tem perto aí de 5.000 vagas, pelo menos em aberto dos que já existem, de bares, restaurantes […] Então isso tem dado uma estagnada”, concluiu.
Olhando para os dados do Brasil, o relatório evidenciou um panorama de crescimento geral em agosto. Comparando com julho, o índice nacional chegou a 2,2% de alta, com altas em dois meses consecutivos.
“Depois do crescimento já observado em julho, os bares e restaurantes voltaram a registrar alta em agosto, beneficiados principalmente pela melhora do mercado de trabalho e pela queda no desemprego”, comentou Guilherme Freitas, economista e pesquisador da Stone.
Já no comparativo anual, as vendas se mantiveram em estabilidade pelo terceiro período consecutivo.
Para o especialista, o cenário futuro segue desafiador para o setor, influenciado principalmente pelo endividamento elevado das famílias e pela inflação da alimentação fora do domicílio, segurando o poder de compra dos consumidores.
Dez estados, dos 24 analisados pelo relatório, seguiram tendência de altas, no comparativo com o ano anterior. Por região, o Nordeste teve as maiores altas registradas.
Maranhão (10,6%), Rio Grande do Norte (4,7%) e Goiás (4,2%) foram os destaques, com maiores valores. Na sequência vieram Paraná (2,7%), São Paulo (2,6%), Espírito Santo (1,8%), Roraima (1,6%), Amazonas (1,5%), o próprio Ceará (1,3%) e o Mato Grosso do Sul (0,4%).
Por outro lado, os outros 14 estados tiveram desempenho negativo, como: Santa Catarina (7,5%), Pará (5,7%), Rio Grande do Sul (5,4%), Rondônia (5,1%), Alagoas (4,3%), Pernambuco (2,6%), Mato Grosso e Paraíba (2,5%), Sergipe (2,3%), Piauí (1%), Tocantins (0,8%), Minas Gerais e Rio de Janeiro (0,7%) e Bahia (0,5%).