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Ceará gera 6.933 novos postos de trabalho em agosto, aponta Caged
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Ceará gera 6.933 novos postos de trabalho em agosto, aponta Caged

Principal destaque foi para o setor de serviços, que acumulou 2.182 novas vagas de trabalho com carteira assinada no mês passado
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SETOR de serviços liderou contratações, com 2,1 mil novas vagas  (Foto: FCO FONTENELE)
Foto: FCO FONTENELE SETOR de serviços liderou contratações, com 2,1 mil novas vagas

O Ceará gerou 6.933 novos postos de trabalho em agosto, conforme aponta pesquisa do Novo Caged, ou Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. O resultado é fruto do saldo de 60.733 novas admissões ante 53.840 desligamentos.

Entre os estados da região Nordeste, o Ceará aparece na quarta posição, atrás de Pernambuco, com 12.692 novos postos de trabalho; Bahia, com 11.015; além da Paraíba, com 8.492. A capital Fortaleza gerou 1.898 empregos formais no período, ou cerca de 29% do total.

O destaque do mês foi o setor de serviços, com 2.182 novas vagas com carteira assinada, resultado de 29.032 contratações ante 26.850 demissões. 


Um dos segmentos representantes do setor de serviços é o de alimentação fora do lar.

Segundo Taiene Righetto, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) no Ceará, “hoje, no Estado, nós temos mais de 40 mil CNPJs ativos e cerca de 250 mil trabalhadores com carteira assinada no setor de alimentação fora do lar. Esse segmento tem mostrado crescimento nos últimos meses, muito impulsionado pelo turismo, que aquece a economia local”.

“O que vemos em agosto é um movimento duplo, ou seja, por um lado, a retomada gradual do setor, com crescimento em relação ao ano anterior; por outro, a recomposição de equipes que já eram necessárias há muito tempo”, avalia.

Todos o setores, a propósito, tiveram saldo positivo em agosto. O setor de construção aparece na segunda posição com 1.859 novos postos, seguido da indústria com 1.193; do comércio, com 893; e da agropecuária com 806.

Na comparação com o mês de julho e com agosto do ano passado, contudo, houve desaceleração na geração de empregos. Para se ter uma ideia, em julho foram geradas 7.804 novas vagas e em agosto de 2024, 10.331 novos postos considerando todos os setores, representando desacelerações da ordem de 11,1% e 32,8%, respectivamente.

Para o secretário do Trabalho do Ceará, Vladyson Viana, apesar da desaceleração “um dado importante é que esse Caged referente a agosto já representa 73% do que foi gerado no ano passado. Então, se a gente pegar o acumulado até agosto, nós já fizemos 73% do que foi feito todo ano passado. Ou seja, nós temos aí uma perspectiva de superar os resultados de 2024”.

“O que é que a gente precisa observar? Que houve uma desaceleração do ponto de vista nacional muito focado na indústria. Se a gente comparar com o ano anterior, o estado do Ceará gerou naquele ano, com o mesmo período comparado, algo em torno de 67% dos postos de trabalho gerados no Ceará, acompanhando a dinâmica nacional”, destacou.

Perguntado se a desaceleração tem relação com o tarifaço, Viana disse que “pode também ser um efeito decorrente da taxa de juros ou, por exemplo, das tarifas impostas pelo governo americano. A gente precisa analisar isso com mais detalhes. Eu não posso agora dizer com segurança que isso é oriundo das tarifas mas é um dos indicativos”.

O únicos setor que avançou nos dois comparativos foi a agropecuária que passou de 744 vagas em agosto do ano passado e de 545 em julho para as atuais 806. Já a construção teve avanço quando a base comparativa é o mês equivalente do ano passado, indo de 932 vagas para 1.859.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, afirma que o setor “tinha feito um planejamento para dobrar as exportações, inclusive com a atração de empresas para cá, com uma exportadora de melão. Então, estava tendo um planejamento acelerado de formalização e também de atração de novas empresas”.

“Com a história do tarifaço, nós fomos impactados. Mas o nosso setor tem crescido, graças a Deus. O que a gente quer fazer mesmo é formalizar e crescer. Existe uma demanda de crescimento no nosso setor. Isso é ótimo. Fico feliz por isso (a aceleração na formalização do trabalho), porque é um sinal que o setor realmente está crescendo”, comemorou.

Já o governador Elmano de Freitas exaltou em suas redes sociais que “quase 7 mil novos empregos foram gerados em agosto no Ceará. Já são mais de 148 mil novos postos de trabalho com carteira assinada criados desde janeiro de 2023, segundo dados do Novo Caged”.

“Todos os setores tiveram saldo positivo. O destaque foi do setor de serviços, com 2.182 vagas, seguido da construção civil e da indústria. Continuaremos trabalhando para atrair novas empresas, impulsionar a nossa economia e gerar ainda mais oportunidades para o povo cearense”, afirmou.

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