O preço médio de venda de imóveis habitacionais em Fortaleza chegou a R$ 11.796 por metro quadrado (m²) e atingiu o maior valor do ano e também dos últimos 12 meses, segundo levantamento feito pela Brain Inteligência Estratégica para o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE).
A variação demonstra que o preço médio está 9% mais caro do que o observado em agosto de 2024 (R$ 10.783/m²) e 4% maior do que em julho (R$ 11.335/m²). Já ao comparar com os R$ 11.082/m² calculados em janeiro, a elevação é de 6,44%.
No cálculo, observa o estudo, unidades do tipo cobertura, lajes, duplex e gardens, além do estoque zerado, são desconsideradas no preço médio, segundo atesta a Brain. Também fazem parte do levantamento os municípios de Aquiraz, Caucaia, Eusébio e Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza.
Os preços mais elevados, no entanto, não estão interferindo no mercado imobiliário. É o que demonstra Sérgio Macedo, diretor de Estatística do Sinduscon-CE. De posse dos dados apurados para agosto, ele sinaliza uma velocidade de vendas maior do que a de lançamentos.
"Estamos com uma curva que há tempos não acontecia. O mercado está pujante, está ótimo porque a gente vende mais do que lança, apesar dos juros básicos a 15%", destaca.
No ano, o número de lançamentos em Fortaleza e Região Metropolitana chegou a 10.559, enquanto o número de vendas no mesmo período soma 15.865 unidades habitacionais, dos quais 5.458 são de padrão econômico, classificados no programa Minha Casa Minha Vida.
Isso impulsiona o mercado quando se observa o valor geral de vendas (VGV). No que diz respeito às novas unidades ofertadas ao consumidor, o VGV soma R$ 4,67 bilhões entre janeiro e agosto de 2025.
Quando se observa o VGV vendido, o montante chega a R$ 4,91 bilhões - 8% a mais do que em 2024.
"É impressionante a gente ter crescido em venda de unidades e VGV. O ano de 2024 foi muito forte. Foi o ano que vendeu mais unidades na história do mercado imobiliário e esse ano nós vamos ultrapassar isso. Nossas expectativas são a de continuar com venda muito forte mesmo com juros que não favorecem ao comprador e o vendedor", avalia Macedo.