A chamada montagem da superestrutura dos lotes 4 e 5 da ferrovia Transnordestina foi iniciada entre os municípios de Acopiara e Quixeramobim, no Ceará.
Nesta etapa, são aplicados trilhos, dormentes e brita, em um o processo que envolve equipamentos de grande porte e tecnologia, conforme a Transnordestina Logística S/A (TLSA), empresa privada responsável pela construção e operação do equipamento, e que pertence ao Grupo Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
A obra tem 1.206 km de extensão em linha principal, passa por 53 municípios, partindo de Eliseu Martins, no Piauí, em direção ao Porto do Pecém, no Ceará, passando por Salgueiro, em Pernambuco.
A obra é feita com recursos da CSN, Infra (anteriormente denominada Valec), Fundo de Investimento do Nordeste (Finor), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Nordeste (BNB) e Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
A ferrovia transportará grãos, fertilizantes, cimento, combustíveis, minério, entre outros.
“Ao promover a integração, a Transnordestina se consolida como um elo fundamental para dinamizar a economia do Nordeste e aproximar o Brasil dos principais mercados mundiais.
Sobre a montagem, Tufi Daher Filho, CEO da TLSA, comenta que o movimento é um “importantíssimo marco para a continuidade e finalização do projeto”. E acrescenta: “Agradeço toda nossa equipe e a todos envolvidos! Vamos em frente com determinação, qualidade e foco.
A superestrutura envolve 2,2 milhões de dormentes, que são peças transversais à via, servindo de suporte para os trilhos.
Eles absorvem e redistribuem as cargas e vibrações dos trens, garantindo o alinhamento e a estabilidade da via.
Também abrange 209 mil toneladas de trilhos e 3,2 milhões de metros cúbicos (m³) de brita.
As obras da Transnordestina iniciam a fase de testes no fim deste mês de outubro, conforme o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).
Para a segurança do entorno, a TLSA informa que o trem leva até 1 km para parar totalmente após acionar os freios.
O período inicial de operação comissionada prevê o transporte experimental de cargas como soja, milho, farelo de soja e calcário entre Bela Vista do Piauí (PI) e Iguatu (CE).
De acordo com o Ministério, a primeira fase da ferrovia já atingiu 76% de avanço físico, com seis lotes em execução e outros dois em processo de contratação, em um investimento total estimado em R$ 15 bilhões.
Quando finalizados os 1.061 km previstos até 2027, o traçado ligará diretamente os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, integrando-se ainda a outros corredores ferroviários.
O projeto prevê a construção de 19 estações e seis terminais logísticos, dois deles já em andamento, o Terminal Intermodal do Piauí e o Terminal Logístico de Iguatu, no Ceará.
Os recursos para a obra vêm sendo captados desde 2023, com participação de fundos federais.
Do montante total, R$ 4,4 bilhões são aportados pelo Governo Federal, incluindo R$ 3,6 bilhões do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), que garante desembolsos escalonados até a conclusão da primeira etapa.
Além da integração com o Porto do Pecém (CE), a ferrovia deve ampliar sua competitividade ao se conectar com outros eixos estratégicos, como o Porto de Suape (PE) e a Ferrovia Norte-Sul.
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De acordo com o MDIR, a primeira fase da ferrovia já atingiu 76% de avanço físico, com seis lotes em execução e outros dois em processo de contratação, em um investimento total estimado em R$ 15 bilhões