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Ceará tem 15 empregadores em ‘lista suja’ de trabalho análogo à escravidão
Economia

Ceará tem 15 empregadores em ‘lista suja’ de trabalho análogo à escravidão

Ao todo, 691 nomes de todo o País estão inscritos no documento, sendo 159 novas atualizações em relação à versão anterior
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Casos atualizados na nova lista culminaram com 1.530 trabalhadores resgatados desse tipo de exploração (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Casos atualizados na nova lista culminaram com 1.530 trabalhadores resgatados desse tipo de exploração

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou nesta segunda-feira, 6, o Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão. Ao todo, são 691 nomes, incluindo 15 do Ceará. Confira abaixo quais são os empregadores na lista.

A nova versão da chamada “Lista Suja” teve a inclusão de 159 novos empregadores, sendo 101 pessoas físicas e 58 pessoas jurídicas, um aumento de 20% em relação à publicação anterior.

Os casos atualizados na nova lista ocorreram entre 2020 e 2025 (embora a publicação seja semestral) e culminaram com 1.530 trabalhadores resgatados desse tipo de exploração. Entre as novas inclusões, 33 foram de Minas Gerais, 19 de São Paulo, 13 do Mato Grosso do Sul e 12 da Bahia.

Já no recorte por atividade econômica, o destaque vai para a criação de bovinos para corte, com 20 casos; os serviços domésticos, com 15 casos; o cultivo de café, com 9 cados; além da construção civil, com 8 casos. Também vale ressaltar que 16% das novas inclusões estão relacionadas a atividades econômicas do meio urbano.

Conforme esclarece o MTE, “no curso das ações fiscais da Inspeção do Trabalho em que são encontrados trabalhadores em condição análoga à de escravo, são lavrados autos de infração para cada irregularidade trabalhista identificada, os quais demonstram a existência de graves violações de direitos, além de auto de infração específico”.

“A inclusão no Cadastro só ocorre após a conclusão de processos administrativos, nos quais são assegurados aos autuados o contraditório e a ampla defesa. Os nomes permanecem publicados por dois anos. Nesta atualização, além das novas inclusões, foram excluídos 184 empregadores que já haviam completado esse período”, prossegue o informe do MTE, que destaca ainda ter a lista sido criada em 2003 e ter sido reconhecida sua constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Denúncias

As denúncias de casos de trabalho análogo à escravidão podem ser feitas por meio do Sistema Ipê, de forma remota e sigilosa. A plataforma foi lançada em 2020 pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O Sistema Ipê é uma plataforma exclusiva para o recebimento de denúncias relacionadas a condições análogas à escravidão integrada ao Fluxo Nacional de Atendimento às Vítimas do Trabalho Escravo.

Veja a relação de empregadores cearenses na Lista Suja!

  1. Anjus Participações Ltda
  2. Antonio Moreira da Costa
  3. Bezaliel Moura de Lima
  4. BG Construções e Incorporações Ltda
  5. Divina Grill Meireles Ltda
  6. Duvale Projetos e Construções Ltda
  7. Eduardo Ribeiro Lima
  8. Francisco Fabio do Nascimento
  9. Francisco Raimundo Carneiro
  10. Francisco Ribeiro Lima Filho
  11. Jocelio Barbosa Gondim
  12. Marcelo Pereira Feitosa
  13. Patricia de Freitas França Ribeiro
  14. Polo Construções Ltda
  15. Vulcano Export Mineração - Exportação e Importação Ltda

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