A Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), foi eleita a melhor zona econômica especial do mundo deste ano, além de ter sido considerada a melhor na categoria industrial global.
O reconhecimento no ranking Global Free Zones of the Year é creditado pela fDi Intelligence, divisão do Financial Times especializada em investimentos estrangeiros diretos (FDI).
Na categoria industrial, superou as ZPEs Jebel Ali Free Zone (Emirados Árabes Unidos), Sohar Free Zone (Omã) e Coyol Free Zone (Costa Rica).
A avaliação considerou cerca de 80 zonas econômicas especiais em três categorias principais: industriais, de serviços e conhecimento, e zonas emergentes (rising stars).
Os critérios avaliados permearam pontos como crescimento real da ocupação, número de empregos diretos, engajamento com stakeholders locais, sustentabilidade ambiental, governança e estratégia de atração de investimentos.
Os jurados destacaram a capacidade da ZPE Ceará de estruturar um modelo institucional sólido e confiável, com previsibilidade regulatória e foco em sustentabilidade.
O aumento expressivo da área ocupada, a ampliação do número de empresas instaladas e o crescimento dos empregos diretos foram fatores apontados para a vitória.
Também pesaram o engajamento com as comunidades locais e a sinergia com o Porto de Pecém, que fortalece a integração logística e industrial da região.
O prêmio foi comemorado por entidade do Rio Grande do Norte. O presidente do conselho do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), Jean Paul Prates, destacou a conquista como um marco para o fortalecimento da economia verde no Nordeste.
A instituição, que atua na formulação de políticas e estudos voltados ao aproveitamento sustentável dos recursos naturais, vê o reconhecimento da ZPE como resultado direto da visão de desenvolvimento integrada que o Nordeste vem construindo.
“A conquista da ZPE Ceará é a prova de que o Nordeste está preparado para liderar uma nova etapa de desenvolvimento no Brasil — baseada em energia limpa, inovação tecnológica e cadeias produtivas sustentáveis”.
Para ele, a conquista contribui diretamente para ampliar a visibilidade internacional do Nordeste como plataforma de exportação verde e para atrair novos investimentos em setores estratégicos, como hidrogênio verde, metalurgia de baixo carbono e manufatura limpa.
Já Darlan Santos, presidente do Cerne, ressalta que o resultado é “um divisor de águas para o Nordeste e um exemplo de como a cooperação entre Estado e iniciativa privada gera desenvolvimento real.”
O reconhecimento da fDi Intelligence tem potencial para ampliar a visibilidade internacional do Ceará e atrair novos investimentos, especialmente nos setores de energia limpa, hidrogênio verde, metalurgia e manufatura de baixo carbono.
Segundo o presidente do Complexo do Pecém, Max Quintino, o prêmio reforça o papel estratégico do Complexo para o desenvolvimento do Ceará e para a competitividade do Brasil no cenário global.
Fábio Feijó, presidente da ZPE Ceará, acrescenta que o reconhecimento é a prova de que o trabalho realizado na área vem “gerando resultados sólidos”.
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Avaliação é que o reconhecimento da fDi Intelligence tem potencial de ampliar a visibilidade internacional do Ceará e atrair novos investimentos