A Enel Ceará amargou um prejuízo de R$ 25,6 milhões no 3º trimestre de 2025, ante lucro líquido de R$ 68,1 milhões, verificado no 3º trimestre de 2024. A empresa também havia obtido resultado positivo no 2º trimestre de 2024, quando teve um lucro líquido de R$ 83,4 milhões.
No acumulado dos nove primeiros meses de 2025, o lucro líquido teve uma queda de 65% na comparação com período equivalente do ano passado.
O resultado de janeiro a setembro deste ano foi um lucro líquido de R$ 91,8 milhões ante um lucro líquido de R$ 262,5 milhões nos nove primeiros meses do ano passado.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve crescimento de 6,5% no terceiro trimestre deste ano, chegando a R$ 459,9 milhões ante R$ 432 milhões registrado em período equivalente do ano passado. Já na comparação entre os nove primeiros meses do ano o Ebita teve crescimento de 3,4%, chegando a R$ 1,44 bilhão ante R$ 1,39 bilhão do período entre janeiro e setembro do ano passado.
A receita líquida teve leve retração de 0,2% na comparação entre o 3º trimestre de 2025, quando ficou em R$ 2,350 bilhões ante R$ 2,354 bilhões no 3º trimestre do ano passado. Já quando a comparação é entre os nove primeiros meses de 2025, houve aumento de 6,6%, com R$ 6,5 bilhão aproximadamente, ante R$ 6,1 bilhão, nos nove primeiros meses de 2024.
Os números constam no balanço financeiro do 3º trimestre de 2025, divulgado nesta terça-feira, 4. O documento traz, entre os destaques, os investimentos de R$ 1,3 bilhão no acumulado do ano, resultado 10,7% acima do registrado em período equivalente do ano passado.
Outro destaque foi o DEC (duração equivalente de interrupção por unidade consumidora) que atingiu o menor nível desde 2020, com melhora de 19,9% o que equivale a uma redução de 2,1 horas quando a comparação é com período equivalente do ano passado.
Já o FEC (frequência equivalente de interrupção por unidade consumidora) ficou em 4,48x no terceiro trimestre de 2025, representando uma alta de 9,3% quando comparado com período equivalente do ano anterior.
A companhia justifica dizendo que o resultado foi “impactado por eventos na rede de Alta Tensão, especificamente uma ocorrência de abalroamento em uma linha de transmissão que atende a área de concessão da Companhia. Porém, destaca-se que o indicador permaneceu bem abaixo do limite regulatório de 6,17x”.
A empresa também destacou a realização de 348 mil podas de árvores nos nove primeiros meses deste ano e redução de 0,99 pontos percentuais nas perdas de energia nos últimos 12 meses, quando comparado com o mesmo período do ano anterior.
A Enel Ceará ressaltou ainda um crescimento de 7,6% no quadro de colaboradores sobre período equivalente de 2024, passando a 12.114 no total.
Além disso, a companhia protocolou junto à Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) no último dia 30 de setembro, um novo pleito de enquadramento do Projeto de Incentivo Fiscal para o período de 2026 até 2035. A empresa cobre uma área de 149 mil quilômetros quadrados nos 184 municípios cearenses, tendo como base comercial, cerca de 4,4 milhões de consumidores.
No documento, a companhia afirmou que encerrou o mês de setembro de 2025 com um aumento de 1,7% em relação à quantidade de consumidores efetivos faturados registrados no mesmo período em 2024.
“No mercado cativo, o crescimento é atribuído principalmente à classe residencial Baixa Renda, beneficiada pela MP 1300/2025, que estimulou o crescimento do cadastro de consumidores elegíveis a tal classe”, afirma a empresa no comunicado.
Já a queda observada nas classes Industrial e Comercial foi atribuída principalmente ao efeito da migração de tais clientes para o mercado livre.
Assim, segundo a companhia, o mercado livre continuou em trajetória de crescimento com forte alta no período, de 86,9% acima do total de consumidores livres efetivos faturados em setembro de 2024.
Confira os assuntos econômicos no Ceará, no Brasil e no Mundo
Siga o canal de Economia no WhatsApp para ficar bem informado
Ebtida
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve crescimento de 6,5% no terceiro trimestre deste ano, chegando a R$ 459,9 milhões