A isenção do Imposto de Renda, especificamente o aumento da base para rendas de até R$ 5 mil, é vista pelo setor varejista cearense como um indicador altamente positivo e uma âncora de boas expectativas para o ano de 2026.
Segundo o presidente da Federação das Câmara de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE), Freitas Cordeiro, a medida é considerada benéfica por injetar diretamente recursos na mão do consumidor, pois, ao retirar a obrigação tributária para essa faixa de renda, o governo aumenta consideravelmente o número de consumidores com mais dinheiro.
"Com maior disponibilidade financeira, o consumidor compra mais, o que impacta o varejo de forma direta", diz o líder classista.
Na avaliação dele, essa ampliação da base tributária traz um benefício significativo para uma "massa grande" de pessoas. Segundo a visão de Freitas Cordeiro, essa medida é particularmente importante porque, no Brasil, o cidadão de baixa renda é historicamente mais penalizado, já que o imposto de renda é descontado diretamente do seu salário.
"Diferentemente do que ocorre com o contribuinte de maior renda, que possui mecanismos para gerir sua obrigação fiscal, o trabalhador de menor renda não tem como fugir desse desconto", destaca o presidente da FCDL-CE.
Segundo ele, ao desonerar essa parcela da população, a medida gera "reflexos positivos". O setor de comércio aplaudiu a decisão, pois mais dinheiro circulante na economia é sempre benéfico. A luta por uma carga tributária menor é, na essência, uma forma de desonerar o consumidor e o povo como um todo, construindo um coletivo mais forte, pontua.
Freitas Cordeiro avalia que o ano de 2025 fechou com um balanço "surpreendentemente positivo para o comércio", especialmente no Ceará, onde o varejo demonstrou ser muito integrado e unido.
De acordo com ele, essa essência "destemida e otimista" do empresário, que é condição de sobrevivência no setor, projeta expectativas favoráveis também para 2026.