A Linha Leste do metrô de Fortaleza ganhará mais três estações. Foram incluídas no projeto em execução paradas da Sé, no Centro, Praça Luiza Távora e Leonardo Mota, na Aldeota. Com a atualização, o valor do projeto aumenta em aproximadamente R$ 1 bilhão, que se soma ao montante original, de R$ 2,8 bilhões.
Assim como as demais, serão paradas subterrâneas e devem estar prontas em 2028. O anúncio foi feito pelo secretário da Infraestrutura do Ceará (Seinfra), Hélio Winston, em entrevista exclusiva ao O POVO.
Segundo ele, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), autorizou o processo de licitação para a construção, que deve ser encaminhado ainda neste ano para a Procuradoria-Geral do Estado (PGE). A intenção é iniciar as obras dessas três novas estações no primeiro trimestre.
Somente com desapropriações de terrenos, o Estado deve desembolsar algo em torno de R$ 450 milhões. O terreno onde será construída a estrutura subterrânea no Centro é em local ao lado do Paço Municipal - onde antes funcionava um posto de combustíveis. A outra estrutura ficará em espaço na área da Praça Luiza Távora, enquanto um terreno residencial próximo do cruzamento das avenidas Santos Dumont e Senador Virgílio Távora é o terceiro espaço desapropriado para o metrô. As estações ficarão a quase 30 metros de profundidade.
Com a inclusão, o projeto terá oito estruturas subterrâneas e a distância entre paradas na Linha Leste será de aproximadamente 1 km, em média.
Os recursos para obra estão garantidos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, diz o secretário.
O incremento representa a adoção das oito estações previstas no projeto original, que, por motivo de disponibilidade orçamentária, foram suprimidas.
Apesar da confirmação das três estações, o secretário não confirmou a implementação da segunda fase da Linha Leste, do Papicu ao Edson Queiroz, na altura do Fórum Clóvis Bevilaqua.
Em relação aos valores envolvidos na obra, Hélio revela que os valores passam por revisão do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), financiador do projeto. Eles querem saber o quanto realmente foi demandado pela operação, que iniciou custando R$ 2,8 bilhões, mas sofreu ajustes e reequilíbrios ao longo dos anos e que agora recebe incremento de mais R$ 1 bilhão.
Segundo o titular da Seinfra, a Linha Leste periodicamente também é auditada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mas sempre recebeu avaliações positivas.
Sobre o desenvolvimento da obra, Hélio destaca que, efetivamente, a execução da Linha Leste iniciou suas primeiras escavações em 2019. Nos primeiros cinco anos, o avanço foi de 30%.
Há 1 ano e meio, quando chegou na Seinfra, recebeu determinação de Elmano para adiantar o projeto. No período, com o apoio do Governo Federal, recebeu liberação de mais recursos e acelerou para 46% de execução.
"Desde que cheguei na Seinfra, nós já avançamos 16% da obra, mais da metade do que foi feito nos cinco anos anteriores. Isso demonstra que o Governo do Estado e o Governo Federal investem nesta obra e confiam que nós iremos entregar", afirmou em entrevista à rádio O POVO CBN.
Segundo o secretário, a Estação Colégio Militar está com 60% das obras concluídas, já a Nunes Valente com 54% de execução. Isso faz com que o trânsito na região da avenida Santos Dumont comece a ser liberado. Em agosto, a via deve ser totalmente desobstruída na altura do Colégio Militar.
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COMO FICARÁ A LINHA LESTE COM AS NOVAS ESTAÇÕES
Chico da Silva: 94%
Colégio Militar: 63%
Nunes Valente: 57%
Papicu: 31%
Fonte: Seinfra/Governo do Ceará