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Arquivados 11 processos de instalação de eólicas offshore no Ceará pelo Ibama
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Arquivados 11 processos de instalação de eólicas offshore no Ceará pelo Ibama

|ENERGIAS RENOVÁVEIS| Informação confirmada pelo Sindienergia é a de que um processo já foi desarquivado pelo Ibama. Outros 26 processos estão abertos
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CEARÁ possui mais de 42 projetos de eólicas offshore mapeados ao longo de sua costa (Foto: Tristan Stedman/Vestas)
Foto: Tristan Stedman/Vestas CEARÁ possui mais de 42 projetos de eólicas offshore mapeados ao longo de sua costa

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) arquivou 11 processos de instalação de parques eólicos offshore no Ceará. A informação foi confirmada pelo Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico (Sindienergia) do Ceará. Outros 26 processos estão abertos, conforme registra o Ibama em seu site oficial.

“Realmente, a gente tem que se mobilizar a respeito do arquivamento desses projetos, mas o mesmo Ibama, já mandou a notificação de um dos nossos associados, que tem um projeto em Camocim, teve o processo desarquivado. Nós realmente estamos vendo quais os detalhes e os porquês dos arquivamentos para que a gente possa dar o suporte para essas empresas”, disse o presidente do Sindienergia, Luiz Carlos Queiroz.

Ele ressaltou o potencial para parques eólicos no Ceará e também no Rio Grande do Norte. “É um potencial tão forte, é quase uma bateria, de tão constante que é o vento aqui. É quase uma substituição que nós temos aí da hidráulica. Então, é simplesmente um ouro que nós temos na mão. Com certeza, nós vamos apelar para que esses órgãos realmente consigam ouvir o que nós estamos falando, que é um verdadeiro desbravamento no que diz respeito à geração de energia”, disse Luiz Carlos Queiroz.

O presidente do Sindienergia acrescentou que o Ceará tem “toda a condição de ter um offshore com uma plataforma marítima baixa, o que é uma instalação de custo mais barato do que o que já existe hoje no mundo, ali no Mar do Norte, enfim, e com ventos que são fantásticos. Então, boa notícia é que as coisas estão começando a acontecer e a andar”. Voltando a falar sobre os processos arquivados, Queiroz exemplifica que só a empresa que teve o projeto desarquivado tem outros dois projetos de instalação de eólicas offshore.

Diante desse cenário dúbio, em que por um lado projetos são arquivados e por outro um volume expressivo de projetos são mapeados, o setor tem mobilizado discussões, a última delas realizada na última terça-feira, 16, em um encontro promovido pelo próprio Sindienergia, que reuniu empresários e representantes do Poder Público. Na reunião, foi destacado que o Ceará possui mais de 42 projetos de eólicas offshore mapeados ao longo de sua costa.

No encontro, representantes do setor privado apontaram que o Ibama tem adotado postura cautelosa, aguardando a consolidação do marco regulatório da eólica offshore antes de avançar nos licenciamentos, o que acaba retardando investimentos. Por outro lado, o Governo do Estado informou que já existe um grupo de trabalho nacional, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, com prazo de até seis meses para apresentar encaminhamentos sobre o tema.

Nesse sentido, a Secretaria da Infraestrutura do Ceará informou, por meio de nota que “acompanha de perto a evolução dos projetos de geração eólica offshore no Estado, onde atualmente 26 empreendimentos aguardam análise e decisão do Ibama”.

No comunicado, a Seinfra pontua que “com a aprovação do Marco Legal da geração offshore (Lei nº 15.097/2025), o setor voltou a se mobilizar, incluindo a abertura de consulta pública pelo Ministério de Minas e Energia e a instalação de grupo de trabalho no âmbito do CNPE para regulamentação da lei, com expectativa de conclusão até meados de 2026, quando deverão ocorrer as primeiras licitações federais”.

Já em relação ao arquivamento de processos pelo Ibama, a Seinfra explica na nota que “entende que se trata de um procedimento administrativo regular, aplicado a projetos antigos sem movimentação por mais de três anos, conforme a legislação vigente”.

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COMPLEXOS EÓLICOS OFFSHORE NO CEARÁ

Jangada (Neoenergia Renováveis)
Camocim (Camocim EIRELI)
Dragão do Mar (Qair Marine Brasil)
Alpha (Alpha Wind Morro Branco)
Costa Nordeste Offshore (Geradora Eólica Brigadeiro I)
Asa Branca I (Eólica Brasil)
Sopros do Ceará (TotalEnergies)
Projeto Pecém (Shell Brasil)
H2GPCEA (H2 Green Power)
Projeto Colibri (Equinor)
Projeto Ibitucatu (Equinor)
Asa Branca II (Eólica Brasil)
Ventos dos Bandeirantes (Kaanda Rebeca Marques Cunha)
Asa Branca III (Eólica Brasil)
Asa Branca IV (Eólica Brasil)
Araras (Shizen Energia)
Tatajuba (Shizen Energia)
Ventos de São Francisco (Monex Geração)
Itapipoca (Energia Itapipoca)
Mar de Minas I (Cemig)
Mar de Minas II (Cemig)
Mares do Norte (Acciona)
Prazeres (Petrobras)
Piedade (Petrobras)
Fortaleza (Petrobras)
Ventos Offshore do Pecém (EDF EN).

Fonte: Ibama

PROJETOS COM PROCESSO ABERTO NO IBAMA

Jangada (Neoenergia Renováveis)

Camocim
(Camocim EIRELI)

Dragão do Mar
(Qair Marine Brasil)

Alpha (Alpha Wind Morro Branco)

Costa Nordeste Offshore (Geradora Eólica Brigadeiro I)

Asa Branca I
(Eólica Brasil)

Sopros do Ceará (TotalEnergies)

Projeto Pecém
(Shell Brasil)

H2GPCEA
(H2 Green Power)

Projeto Colibri (Equinor)

Projeto Ibitucatu (Equinor)

Asa Branca II
(Eólica Brasil)

Ventos dos Bandeirantes
(Kaanda Rebeca Marques Cunha)

Asa Branca III
(Eólica Brasil)

Asa Branca IV
(Eólica Brasil)

Araras
(Shizen Energia)

Tatajuba
(Shizen Energia)

Ventos de São Francisco
(Monex Geração)

Itapipoca (Energia Itapipoca)

Mar de Minas I (Cemig)

Mar de Minas II (Cemig)

Mares do Norte (Acciona)

Prazeres (Petrobras)

Piedade (Petrobras)

Fortaleza (Petrobras)

Ventos Offshore do Pecém (EDF EN).

Fonte: Ibama

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