A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) autorizou a liberação de R$ 91 milhões em recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) para dois projetos de infraestrutura: um no Ceará e outro em Pernambuco.
O aporte será destinado à consolidação de parques de energia solar (fotovoltaica) no Ceará e à expansão da rede de esgotamento sanitário na Região Metropolitana do Recife.
O maior volume desembolsado, R$ 88,7 milhões, foi direcionado à implementação dos complexos solares Bom Jardim 1 e 3, localizados em Icó (CE) pela Qair Brasil. Cada parque recebeu cerca de R$ 44 milhões.
O montante representa a primeira parcela do financiamento e cobre 32% do valor total do investimento no projeto.
A Qair Brasil solicitou à Aneel autorização para a operação em testes das duas usinas solares neste mês. Os empreendimentos contam, cada um, com 161 inversores (unidades geradoras) e têm potência nominal de 298,87kW, o que totaliza 48.118kW de potência instalada. A expectativa para o começo das operações é o início de 2026.
Segundo o diretor de Gestão de Fundos e Incentivos Fiscais, Heitor Freire, esses projetos são o alicerce para indústrias ainda mais complexas. “Esses investimentos em energia limpa são o 'passaporte' do Ceará para o mercado global de Hidrogênio Verde. Ao apoiarmos o grupo Qair, que é pioneiro nesta molécula no estado, estamos fomentando uma cadeia produtiva que gerará negócios de alto valor agregado e empregos qualificados para as próximas décadas”, projetou.
Já para Pernambuco, o repasse de R$ 2,29 milhões à BRK Ambiental representa o fim de um ciclo de investimentos. Esta é a última parcela de um contrato de R$ 415,5 milhões voltados à recuperação e implantação de sistemas de esgoto em 15 municípios da Grande Recife e em Goiana.
O superintendente da Sudene, Francisco Alexandre, destacou que “o FDNE consolidou-se como a ferramenta mais eficaz para atrair capital privado e reduzir o déficit de infraestrutura no Nordeste. Ao financiarmos desde a Transnordestina até complexos de energia renovável, estamos criando as condições necessárias para que a região lidere a transição energética no Brasil”.