Logo O POVO+
Uma pitada de várias cidades
Especiais

Uma pitada de várias cidades

O POVO apresenta cinco pessoas que simbolizam diferentes facetas de Fortaleza, capital que comemora 293 anos
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Francisca Iolanda Belo Pereira fala sobre o Poço da Draga (Foto: Mateus Dantas)
Foto: Mateus Dantas Francisca Iolanda Belo Pereira fala sobre o Poço da Draga

Os 293 anos de Fortaleza são mais. Antes de ser fincado o nome oficial por vencedores em um território de disputas, a vida já se fazia por aqui e foi se transformando. Uma dinâmica nas relações do cotidiano que, atravessado pelo tempo e circunstâncias, deram em várias faces do que hoje esculpimos a Cidade.

Um único rosto não delinearia a Capital dos cearenses e de quem por aqui veio ter. Claro que não. Daí as ruas molecarem com o que seria a cara da cidade ensolarada e navegável. Listas de costumes, lugares, glossários, fatos e pessoas se escreveriam.

O POVO foi conversar e andar com cinco dessas facetas possíveis. Personagens de pontos diferentes da cartografia contemporânea, representações de modos de viver e construções de pensamento nem sempre convergentes, mas proseáveis de se cruzarem em alguma zona da urbe. Bom que se misturassem.

Em um espaço caro ao desenvolvimento humano e econômico, fronteira sim de pelejas à beira mar, Dona Francisca Iolanda, 72, é um dos semblantes do Poço da Draga, na Praia de Iracema. Uma Fortaleza dentro de outra e o dilema de não poder conviver. Como definiu a repórter Bruna Forte, uma lacuna que precisa ser parte. "Parece que as periferias são como os índios que os portugueses fingiram não existir quando chegaram ao Brasil", espelha Iolanda.

O DJ e design Gabriel Baquit, 31, perto das paragens dali, se misturou com o repórter Émerson Maranhão, na Aldeota. Há 21 anos, o jornalista veio para se encontrar com Fortaleza, enquanto Baquit precisou sair daqui para descobrir e ver a outra feição do mar.

Do outro lado da metrópole, um teólogo tenta acabar com um estigma de que criança e adolescente da periferia é a fisionomia do crime. Narra Ana Mary C. Cavalcante. Jamieson Simões, 43, cruza limites entre o Bom Jardim e o Jangurussu, no resgate de meninos e meninas.

No Centro de uma Fortaleza sobrevivente, a repórter Domitila Andrade foi olhar e ser vista por Thina Rodrigues, presidente da Associação das Travesti do Ceará. A cidade também precisa de pitadas de leveza e entretenimento em meio às contradições. O empresário Deda Gomes, 44, conta assim à Bárbara Bezerra.

Confira os perfis:

O DJ e o mar, por Émerson Maranhão

No universo dos intocáveis, por Ana Mary C. Cavalcante

A dama dos saraus no Poço da Draga, por Bruna Forte

Uma Cidade de contradição e brilho, por Bárbara Bezerra

Espaço de sonho, metamorfose e liberdade, por Domitila Andrade

O que você achou desse conteúdo?