Cinco times sul-americanos chegaram ao Mundial 2018. Quatro se classificaram de forma direta nas Eliminatórias (Brasil, Uruguai, Argentina e Colômbia), e o Peru, que eliminou a Nova Zelândia na repescagem. Cada uma das seleções carregava, pelo menos, uma grande estrela em seu elenco, mas nenhuma delas brilhou como poderia, com algumas no máximo desapontando. Sem título, sem glória, sem artilharia, os craques da América do Sul definitivamente decepcionaram na Copa do Mundo da Rússia. Com as decepções, o jejum sul-americano em mundiais vai completar 20 anos — o último título foi brasileiro, em 2002.
ARGENTINA
[QUOTE1]Messi: eleito cinco vezes o melhor do mundo pela Fifa, o craque do Barcelona sofreu muito em 2018. Com uma seleção muito desorganizada em campo, o capitão argentino não conseguiu repetir o futebol de quatro anos atrás, que levou sua equipe às disputa do título contra a Alemanha. Eleito o craque do Mundial no Brasil, o camisa 10 albiceleste só marcou um gol na Copa da Rússia, deu duas assistências, e lutou para carregar sozinho o time. Após o fracasso em 2018, a aposentadoria da seleção parece ser eminente.
Outros craques: Mascherano (Hebei China Fortune), Di María (PSG), Higuain (Juventus), Dybala (Juventus) e Aguero (Manchester City). Da lista, apenas o último fez alguma coisa — um gol. A dupla da Juventus passou mais tempo no banco que jogando, Di María alternou titularidade e ostracismo, e Macherano falhou miseravelmente em todos os jogos.
BRASIL
Neymar: após uma boa Copa de 2014, da qual saiu machucado e não pôde disputar a semifinal contra a Alemanha, o brasileiro cresceu na Europa. Ganhou uma Champions League e foi eleito o terceiro melhor do mundo — atrás apenas de Messi e CR7. Com o objetivo de conquistar a Bola de Ouro, saiu da sombra do argentino e virou protagonista do PSG. Contundido três meses antes da Copa, não chegou 100%. Acabou chamando mais atenção pelo espalhafatoso exagero após sofrer faltas do que pelos gols que fez. Saiu da Copa por baixo, com dois gols marcados, uma assistência, e muitos xingamentos acumulados.
Outros craques: Alisson (Roma), Marcelo (Real Madrid), Willian (Chelsea) e Gabriel Jesus (Manchester City). Cobiçado por grandes times europeus, etiquetado com um estratosférico preço de quase R$ 400 milhões, o goleiro brasileiro não foi nada bem no Mundial. Praticamente as raras bolas que chegaram ao gol, entraram. De melhor jogador do Real Madrid na temporada 2017/18 à coadjuvante na seleção. Esse é resumo de Marcelo no Mundial 2018. William só brilhou em uma partida (contra o México), e passeou em campo quase sem ser notado. Jesus foi pior. Ganhou a pecha de “jogador tático” por ser um centroavante que não fez gols.
URUGUAI
Suárez & Cavani: dos sete gols marcados por toda a seleção uruguaia na Copa de 2018, cinco foram anotados pela dupla de ataque, sendo dois de Luizito e três de Cavani. Não pode se dizer exatamente que eles fracassaram, mas quando chegou na hora da decisão (quartas de final, contra a França) Cavani, machucado, não jogou, e Suárez sequer teve uma chance clara de gol.
COLÔMBIA
James Rodríguez: artilheiro da Copa de 2014, o camisa 10 colombiano chegou à Rússia com sérios problemas físicos. Na primeira fase entrou no segundo tempo da primeira partida (derrota para o Japão), brilhou na segunda (vitória contra a Polônia), e saiu ainda no primeiro tempo contra o Senegal (vitória). Oficialmente, a fadiga muscular o levou a acompanhar as oitavas de final contra a Inglaterra da arquibancada, o que visivelmente fez muita falta ao seu time em campo.
PERU
Paolo Guerrero: uma das forças que levou a sua equipe a disputar o Mundial depois de 36 anos, o centroavante superou não apenas ajudou os peruanos a superar as Eliminatórias e a repescagem, mas também os tribunais. O camisa 9 e capitão peruano foi acusado de doping e venceu uma longa batalha jurídicas esportivas para conseguir entrar em campo na Rússia em 2018. Tudo isso às vésperas da convocação. Inexplicavelmente, foi banco na primeira partida. Titular nas duas seguintes, Paolo não jogou o suficiente para o Peru superar a 1ª fase em um grupo medíocre. Na sua última partida (vitória por 2 a 0 sobre a Austrália), marcou um gol e deu a assistência para o outro tento, terminando a Copa sob aplausos de sua torcida. (Daniel Herculano)
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