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O futebol cearense está desde ontem mais sem graça. Aos 36 anos, após ter sofrido um acidente de trânsito no fim de semana passada, morreu na madrugada desta terça-feira, na UTI do IJF, o homem que, desde 2015, vestia a fantasia do mascote do Ferrão, o emblemático Tutuba.

Ronierbson Gomes dava vida ao personagem do modo mais natural possível. Não por acaso, colecionou admiradores em todas as torcidas nestes quatro anos recentes, muito em função de suas coreografias, além do jeito de vibrar, lamentar gols perdidos e incentivar o time na beira do campo. Tais situações irreverentes também provocaram algumas expulsões.

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O velório transcorreu o dia de ontem, na residência de Ronierbson no bairro Alvaro Weyne. O sepultamento será hoje no Jardim do Éden, mas o horário não foi informado.

Conhecido como Roni Tutuba, também colecionou amigos em uma vida marcada pela paixão pelo futebol e pelo Ferroviário, que começou ainda menino, nas arquibancadas. Ele também teve uma passagem no clube como jogador. Longe da função como mascote, Ronierbson era vendedor e deixa a mulher, Nivanda Ribeiro, e dois filhos meninos.

A perda dá uma nota amarga para aquele que talvez seja o ano mais vitorioso da história do Ferroviário, com os títulos da Série D e da Fares Lopes.

Por meio de nota, o clube lamentou a morte de Roni e agradeceu todos os serviços prestados pelo atual mascote o definindo como "eterno" na história do clube da Barra.

"O agradecimento ao "Roni Tutuba" é eterno, ele que de fato incorporava o mascote, conseguia como ninguém animar o torcedor coral, com um carisma singular, a alegria logo era notada pelo público dos estádios com sua entrada em campo. Com comemorações características, a bandeirinha de escanteio era a sua parceira de dança quando as redes balançavam com o gol coral. É com essa alegria que lembraremos de "Roni Tutuba", o personagem que trouxe de volta o mascote do Tubarão da Barra. Obrigado, Roni!" (Contribuiu André Bloc)