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Fortaleza priorizou sócios e Castelão teve espaço vazio no Clássico-Rei
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Fortaleza priorizou sócios e Castelão teve espaço vazio no Clássico-Rei

Setor ficou sem ingressos à venda para garantir que todos os sócios-torcedores tivessem entrada garantida
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Pela biometria facial, torcedor poderá ser identificado no acesso e em meio à multidão nas arquibancadas do Castelão (Foto: FABIO LIMA)
Foto: FABIO LIMA Pela biometria facial, torcedor poderá ser identificado no acesso e em meio à multidão nas arquibancadas do Castelão

O primeiro Clássico-Rei deste ano levou quase 39 mil pessoas ao Castelão. Como a carga total de ingressos era de 50 mil, cerca de 11 mil lugares ficaram vazios. Destes, aproximadamente 4 mil nem estiveram à venda - todos do lado do Fortaleza. Isso aconteceu porque o clube, que era mandante do duelo, decidiu priorizar sócios-torcedores.

Na conta oficial do Fortaleza no Instagram, o presidente tricolor, Marcelo Paz, explicou a situação. "Nós tínhamos 25 mil lugares disponíveis (para o jogo), resolvemos reservar 17 mil para os nossos sócios-torcedores e vender oito mil (avulsos). Tínhamos uma expectativa dos 17 mil justamente para não faltar lugar, para não deixar o sócio voltar para casa. Foram 13.851 sócios, tivemos aproximadamente 4 mil lugares que não foram vendidos", disse.

O dirigente acredita que a decisão foi correta, mesmo com o espaço ocioso na arquibancada. "Fazemos isso com alegria no coração, por fazer com que o sócio, que é quem sustenta este clube, possa ter acesso garantido. Perdemos dinheiro, mas não tem problema. Não podemos é perder a credibilidade de quem apoia o clube", argumentou.

Em 2018, na partida entre Fortaleza e Paysandu, pela Série B do Brasileiro, torcedores reclamaram de superlotação, situação que teria obrigado alguns a assistirem ao jogo em pé e outros sequer conseguirem adentrar ao estádio. À época, o clube se desculpou e prometeu medidas para controlar melhor o acesso do público.

Para resolver esta questão, o Leão liberou recentemente um serviço de check-in online. Por meio de endereço eletrônico, é possível que cada sócio confirme se estará presente ao estádio no dia da partida. O problema é que, até o momento, não há obrigatoriedade de os torcedores avisarem se estarão presentes à praça esportiva, por se tratar de período de experiência.

Para o Clássico-Rei do último domingo, apenas 4.149 torcedores fizeram check-in, mas quase 14 mil compareceram. O Fortaleza vendeu apenas 8.240 ingressos avulsos.

Da carga destinada ao Ceará, pouco mais de 5 mil bilhetes foram devolvidos. O público total foi de 38.831 presentes. Sobrou para o Ceará R$ 178.961,23 mil, enquanto para o Fortaleza, que teve desconto de 15% da Justiça do Trabalho, a renda líquida foi de R$ 152.134,05.

Custo

A arbitragem Fifa para o Clássico-Rei custou R$ 20.000,08 mil. Acrescido os R$ 5 mil de taxa que a FCF cobra, os dois clubes dividiram custos de R$ 25 mil

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