Ex-presidente do Vasco, Eurico Miranda faleceu ontem no Rio de Janeiro. A causa da morte do dirigente não foi revelada oficialmente, mas ele vinha sofrendo com problemas de saúde nos últimos anos, o que incluía um tumor na cabeça. Nesta terça-feira, passando mal, deu entrada no Hospital Vitória, no bairro da Barra da Tijuca, mas não sobreviveu. O corpo do ex-presidente será sepultado na quarta, às 16 horas. A cerimônia acontecerá no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
Embora estivesse debilitado, Eurico nunca se afastou da política do Vasco, tanto que exercia o cargo de presidente do Conselho de Beneméritos do clube. Mas não vinha mais participando de eventos públicos, deixando de acompanhar os jogos do time em São Januário, algo que marcou a trajetória dele no clube.
Nas últimas aparições, era visto quase sempre em cadeiras de rodas e apresentava dificuldades para falar. Em anos recentes, inclusive, havia vencido câncer na bexiga e outro no pulmão.
Polêmico e alvo de diversas denúncias, Eurico é um dos mais conhecidos dirigentes da história do futebol brasileiro e do Vasco, tendo presidido o clube de 2003 a 2008 e de 2015 a 2017. Mas sua participação na gestão do time carioca foi muito além desse período, tendo cargos como presidente do Conselho Deliberativo e de vice-presidente de futebol.
Filho de portugueses, Eurico era advogado e começou a atuar no Vasco na década de 1960. Desde então, teve papel de protagonismo em contratações de peso - como Roberto Dinamite, Romário e Bebeto -, em títulos históricos - Libertadores de 1998, Brasileiros de 97 e 2000, Mercosul de 2000, e em polêmicas. Costumava dar entrevistas polêmicas, quase sempre aparecia na frente das câmeras com um charuto e era bastante centralizador. "Aqui no Vasco mando eu. Ditatorialmente!", afirmou certa vez.
Chegou ainda a ser deputado federal pelo PP, em mandatos que duraram de 1995 a 2002. (Agência Estado)