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Análise: o futebol se impõe ao plano
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Análise: o futebol se impõe ao plano

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Com perfis diferentes, quase opostos, Lisca e Rogério Ceni protagonizaram o (espera-se) início de era de ouro no futebol cearense. O primeiro impulsionou o Ceará ao milagre da permanência na elite nacional. O segundo comandou o Fortaleza ao título inédito da Série B, além de um sonhado acesso.

No domingo, com a queda diante do maior rival, Lisca se despediu do cenário esportivo local. Com o segundo título em cinco meses, Rogério Ceni tem sido visado para um, digamos, voo mais ambicioso. O Atlético-MG, de time milionário e cobranças equivalentes, vê no ex-goleiro a oportunidade de reerguer o time na Copa Libertadores e no Brasileirão.

Nessa, os dois maiores clubes cearenses ficam ameaçados de, ao mesmo tempo, adentrarem no período de incerteza de um começo de trabalho no comando técnico. O Ceará já mais definido. Enderson Moreira é quem tentará repacificar Porangabuçu, balaçada com as eliminações nas copas do Brasil, do Nordeste e o vice no Estadual. O Fortaleza segue sem a certeza se terá de reiniciar um trabalho comandado com esmero pelo estilo centralizador de Rogério Ceni.

Ceará e Fortaleza fizeram apostas diferentes e bem sucedidas. Lisca e Ceni foram sucessos e as campanhas vitoriosas são a prova de que o trabalho sério, profissional e de finanças equilibradas traz resultados mesmo diante de um investimento modesto - pelo menos em comparação ao dos rivais de Série A. Só que o futebol acontece. E o imponderável se impõe sobre qualquer planejamento. Que Enderson recalibre o Alvinegro de Porangabuçu. Que Rogério Ceni vivencie a oportunidade de uma campanha brilhante do Tricolor do Pici na elite. O futebol cearense, série e profissional como é hoje, merece estabilidade.

 

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