Por motivos distintos, os técnicos de Ceará e Fortaleza concederam coletivas após o Clássico-Rei em tom bastante acalorado. No caso de Rogério Ceni, a queixa era com o apatia do time nos primeiros 20 minutos do jogo, quando o Fortaleza sofreu os dois gols que encaminharam o resultado final de 2 a 1. Já o técnico alvinegro, Enderson Moreira, mostrou revolta com a arbitragem de Heber Roberto Lopes pela marcação de pênalti no fim do primeiro tempo, que resultou no gol tricolor.
A chateação de Ceni era maior pelo fato de o time ter focado sua preparação em jogadas defensivas de bola parada, fundamento em que a equipe falhou no lance do segundo gol, marcado por Felippe Cardoso. "Fomos acordar para o jogo depois que tomamos o segundo gol. Estávamos sem equilíbrio, até aquele momento. O time não veio concentrado para jogar um clássico do tamanho que era. Depois que tomou parece que acordou. Aí conseguiu sair jogando, conseguiu chegar à frente. Teve suas oportunidades, mas sempre buscar um 2 a 0 é difícil", observou.
Já Enderson mostrou indignação com a marcação do árbitro, que viu infração inexistente na disputa de bola entre André Luís e Luiz Otávio. "Foi um lance bisonho. Não houve absolutamente nada. Eles (arbitragem) conseguem marcar um pênalti que, na minha concepção, deveria ser punido a simulação d jogador do Fortaleza, porque não houve contato. Ele se jogou. Eu falo que o maior problema que nós temos no Brasil é simulação. Outro ponto foi que, se tivesse sido falta, a jogada foi fora da área. Foi um pênalti dado. Muda tudo", disparou.