Apesar do peso da camisa e a vitória maiúscula ontem, o Flamengo não pode dizer que chega como franco favorito à final da Libertadores. Afinal, do outro lado está o argentino River Plate, do técnico Marcelo Gallardo, atual campeão do maior torneio da América do Sul.

Os Millonarios acumulam quatro conquistas na Libertadores — mais que qualquer time brasileiro —, sendo duas desde 2015, já com o ex-meio-campista e ídolo vermelho-e-branco no comando da equipe. Esta será a 14ª final de Gallardo à frente do River. No período de cinco anos, são 10 títulos. Isso sem contar os oito troféus como jogador do gigante argentino.

Será a 14ª final Brasil x Argentina na Copa Libertadores. Até hoje, os hermanos — líderes no Continente com 25 conquistas — venceram nove. Já os times nacionais levaram a melhor apenas quatro vezes. Apesar de os brasileiros terem menos troféus, o País é quem acumula maior número de "conquistadores" da América. Dez clubes diferentes foram campeões, incluindo o Flamengo, em 1981.

Caso vença a primeira final em jogo único da história da Libertadores, o River Plate pode também entrar no seleto rol de campeões consecutivos da competição. A lista inclui o Independiente (tetra de 1972 a 1975), o Estudiantes (tri de 1968 a 1970) e os bicampeões Peñarol (1960-1961), Boca Juniors (1977-1978 e 2000-2001), Santos (1962-1963) e São Paulo (1992-1993).

Além do histórico recente e do time qualificado — Armani, De la Cruz, Borré —, o River tem a impressionante marca de 34 participações na Libertadores, contra apenas 15 do Flamengo.

Na história, os dois clubes se enfrentaram apenas quatro vezes, todas na Libertadores. As duas primeiras, com vitórias rubro-negras, vieram em 1982, quando o Fla defendia a taça conquistada no ano anterior. Era o equivalente à fase semifinal e os brasileiros venceram por 3 a 0 fora e 4 a 2 em casa. Os demais confrontos, empates, vieram no ano passado, pela primeira fase do torneio continental.