O Ceará é a única equipe do Campeonato Brasileiro que sofreu gols em todas as partidas fora de casa. A partida contra a Chapecoense-SC, porém é grande oportunidade de quebrar a escrita. Além de ter o segundo pior ataque do Brasileirão como mandante, com 12 gols, o adversário passou em branco atuando em casa seis vezes. O jogo será no domingo, às 18 horas, na Arena Condá.
Já são dois jogos consecutivos em que o Verdão do Oeste não marca como mandante, em derrotas contra Grêmio-RS (1 a 0) e São Paulo (3 a 0). Além disso, a campanha da Chape em casa só não é pior que a do lanterna Avaí-SC. São duas vitórias, cinco empates e nove derrotas. Para piorar, a defesa da Chape como mandante é a pior do Brasileirão, com 22 gols sofridos.
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Para sair pela primeira vez "ileso" de um jogo como visitante, o Ceará tem de definir qual será sua estratégia para a partida. Tendo em vista a necessidade da vitória — fundamental na luta contra o rebaixamento — o Alvinegro pode tender a partir para o ataque, deixando mais espaços no setor defensivo. O técnico Adílson Batista, porém, costuma preferir montar a equipe com mais força na marcação.
Das três partidas em que não sofreu gols sob o comando de Adílson, o Vovô atuou com a formação de três volantes no meio de campo em duas, contra Internacional-RS e Fluminense-RJ. A exceção foi diante do Avaí-SC, a equipe com mais limitações técnicas da competição, quando o Ceará jogou com apenas dois volantes.
Adílson apostou em formação com três homens de contenção em sete dos dez jogos em que comandou o Vovô na Série A. Contudo, com a lesão na coxa esquerda de William Oliveira, que pode ficar de fora do time por mais rodadas, as opções para a volância ficam reduzidas.
Ricardinho, Fabinho, Pedro Ken e Auremir (em apenas 93 minutos) são os volantes disponíveis que já foram testados por Adílson. Fernando Sobral, outra peça para a posição, ainda não foi aproveitado pelo comandante. O zagueiro Valdo também pode ser improvisado na função.
Com isso, novas disposições táticas podem ser cogitadas, como a formação com três zagueiros, utilizada no primeiro tempo do Clássico-Rei, ou o esquema com dois volantes e três homens ofensivos no meio de campo.
Ter uma semana inteira para encontrar a melhor fórmula para derrotar a Chape é fator importante. O atacante Bergson, que volta de suspensão, em entrevista coletiva concedida à imprensa ontem, comentou sobre o tempo razoável para treinamentos.
"Temos que fazer um jogo como fizemos outros fora de casa. Respeitando o adversário, mas nos impondo, pois assim conseguimos bons resultados fora de casa. Tendo essa mentalidade, esse espírito, temos tudo para trazermos um bom resultado", disse.
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DM
Do elenco que vem jogando, dois jogadores do Ceará estão atualmente no departamento médico do clube: o meia-atacante Felipe Baxola e o volante William Oliveira