Uma série de questões foram enviadas a Prefeitura Municipal de Fortaleza, por meio da Secretaria do Urbanismo e do Meio Ambiente (Seuma), quanto às denúncias e os apontamentos feitos pelas entidades sobre os problemas na degradação ambiental de que o Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba e da Área de Proteção Ambiental de Sabiaguaba (APA de Sabiaguaba) são vítimas. Sobre as ações empreendidas em dez anos de plano de manejo, a Prefeitura informou que "está desenvolvendo diversas melhorias na região, como a disponibilização de transporte coletivo na área, sistema de abastecimento de água na comunidade Gereberaba, novos acessos para a população, facilitando a mobilidade e a instalação de iluminação pública".
"Ressaltamos que as ações do plano de manejo estão sendo implantadas de maneira gradativa, a exemplo dos avanços na implantação de infraestrutura urbana realizadas no local", apontou a Seuma, via assessoria de imprensa. Sobre o cercamento do parque, a pasta afirmou que "estuda a viabilidade técnica, analisando as condições do solo a fim de não prejudicar os recursos naturais".
Em relação aos veículos motorizados e à sinalização do parque, a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) afirmou que "fará uma vistoria técnica para avaliar a necessidade de implantação de sinalização de proibição de circulação nestas áreas específicas". "Caso seja verificada essa necessidade, haverá uma fiscalização no local depois que as placas forem instaladas. Até o momento o órgão não recebeu nenhuma denúncia acerca desse assunto". Os conselheiro afirmam que a questão já foi levantada em reuniões do conselho gestor da Sabiaguaba.
Sobre as multidões e o pisoteamento de sítio ecológicos e arqueológicos, a Prefeitura aponta que são feitas "ações periódicas de educação ambiental nas Dunas da Sabiaguaba. As atividades, que visam preservar a área, contemplam palestras e remoção de resíduos,sempre contando com a participação de voluntários da sociedade civil".
Há ainda planejamento, por meio do conselho gestor, de "ações de educação ambiental, que aborde o uso adequado da área pública, voltado para a comunidade residente no entorno como também para os visitantes e frequentadores". A Prefeitura ainda afirma que, por se tratar de Unidade de Conservação de Proteção Integral e também uma Zona de Preservação Ambiental (ZPA), não é possível a autorização para eventos, como os que costumeiramente acontecem.
Já sobre as construções irregulares, a Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis) diz realizar visitas sistemáticas à área. Em 2019, foram realizadas 128 fiscalizações, 39 autuações e 16 notificações na área.