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Sandboard: um elo de cultura, esporte e educação ambiental na comunidade
Esportes

Sandboard: um elo de cultura, esporte e educação ambiental na comunidade

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Tipo Notícia
FORTALEZA, CE, BRASIL, 27-12-2019: Clenilson Silva, Atleta de Sandboard profissional. Sandboard na Duna da sabiaguaba. (Foto: Aurelio Alves/O POVO)
 (Foto: 26 20:35:11)
Foto: 26 20:35:11 FORTALEZA, CE, BRASIL, 27-12-2019: Clenilson Silva, Atleta de Sandboard profissional. Sandboard na Duna da sabiaguaba. (Foto: Aurelio Alves/O POVO)

É esporte, mas é também traço cultural, integração comunitária e parte da estratégia de preservação. Assim o sandboard é entendido na Sabiaguaba. Não é raro subirem as dunas e voltarem com lixo recolhido, conta o atleta de sand Clenilson Silva. Falar sobre proteger aquela área com os mais jovens e levar denúncias de irregularidades ao conselho gestor, e, ao levar gente de fora, incutir o respeito pelo parque, é também parte do trabalho dos atletas da modalidade. É uma simbiose: as dunas precisam da proteção deles, eles precisam da dunas para continuar no sand.

"É uma prática cultural, é uma comunidade que tradicionalmente utiliza aquelas dunas pro esporte. E não só tem tem a função cultural e do esporte, mas também educacional, e também de resistência. São os meninos do sandboard que estão ali na duna, vivenciando a duna, são eles que protegem, porque eles dependem diretamente dela", explica a advogada do Instituto VerdeLuz Beatriz Azevedo.

Ela acredita que, sim, a prática gera impacto à duna, contudo, "quando se comparam os impactos positivos com os negativos gerados, os positivos são maiores". Para o professor da Geografia da UFC, Jeovah Meireles, o sand na Sabiaguaba pode ser entendido como "uma espécie de 'ecoesporte'". "E já está incorporado na dimensão cultural de uma juventude, de um grupo grande com conexões nacionais e internacionais, dando visibilidade a essa unidade de conservação".

A integração à comunidade é tanta que o atleta Netinho Mendes conta que no ano que não organizam competição, a comunidade cobra, sente falta. Ano passado, fizeram em dezembro a última etapa do Brasileiro de Standboard na duna. Clenilson venceu. "É uma diversão pra comunidade, integra, mostra pros meninos, faz eles quererem competir. E é competindo que a gente se apaixona mesmo pelo esporte".

 

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