Quando a bola rolar, o analista de sistemas Vinicius Chaim, 24, vai ter acabado de desembarcar na Capital, vindo de São Paulo, e ido às pressas para o Castelão. Neste mês, essa vai ser a segunda vez que Vinícius vive maratona no encalço do Leão. Dia 13, a correria foi ainda maior, porque o destino era Buenos Aires. Agora, o esforço é para assistir pela primeira vez a uma partida do Tricolor em Fortaleza.

Cearense radicado em São Paulo, Vinicius vai aos jogos do time de coração realizados no estado em que mora, mas nunca esteve presente a uma partida no Castelão. A estreia será em grande estilo e a expectativa é proporcional.

"Assisto a todos jogos, sempre vejo as festas da torcida, e estou muito na expectativa, porque, dessa vez, eu vou estar ali, né? Vou estar dentro da festa. Estou muito curioso para saber qual a sensação de estádio cheio. Nunca fui num jogo de estádio cheio. O maior público em que já estive no meio foi, justamente, o jogo lá da Argentina. Tô na expectativa de saber como que é o barulho do estádio de 50 mil pessoas gritando a mesmo coisa que eu", conta.

Relembrando o primeiro confronto da fase do torneio, o analista conta que a experiência ímpar o emocionou. "É um sentimento de estar no meio de um povo todo unido. Para onde eu ia, para onde eu olhava, parecia que eu estava no meio de muitos amigos, que eu não sabia nem o nome de ninguém. Foi uma sensação de estar no lugar certo, de estar entre os meus", descreve.

Único torcedor do Fortaleza na família, Vinícius ainda vai carregar o pai, Henrique, 57, que é palmeirense, e a irmã Yamna, 22, que torce para o Flamengo. (Domitila Andrade)