A aprovação da ideia do Castelão receber os onze jogos restantes para o fim do Campeonato Cearense vai depender dos protocolos emitidos pelas autoridades para a retomada do futebol. Apesar de sinalizar positivamente à Federação Cearense de Futebol, o secretário do Esporte, Rogério Pinheiro, disse ao O POVO que outras praças esportivas também serão avaliadas.

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A preocupação do secretário é com o gramado do Castelão. Rogério Pinheiro acredita que para o estádio ser sede de todos os jogos do Estadual até o fim seria necessário garantir um intervalo mínimo de 48 horas entre as partidas. O assunto, inclusive, já foi discutido junto à Federação.

"O fator negativo é a sobrecarga no gramado, dependendo do intervalo entre partidas, se manter 48 horas entre um jogo e outro, seria o ideal. Até já conversei com Mauro (Carmélio), acho que até pra acelerar (a realização dos jogos), (deve-se) tentar utilizar o Elzir Cabral (do Ferroviário), o estádio de Caucaia, o de Horizonte, de repente", disse Rogério.

O titular da Sejuv concorda com a FCF que o Castelão seria o melhor local, devido a estrutura que possui, para garantir a segurança de todos os envolvidos nas partidas, mas diz que vai aguardar as diretrizes das autoridades de saúde. Ele deixou bem claro que a proteção à saúde será o critério mais forte.

"Dentro dos protocolos, vamos estudar quais estádios teriam condições de atender às medidas. Precisa priorizar a saúde dos profissionais envolvidos, jogadores, comissões técnicas, staff envolvido e imprensa", disse o secretário.

O espaço físico do "Gigante da Boa Vista" seria a principal vantagem, pois evitaria ao máximo aglomerações e garantiria o espaçamento necessário entre pessoas até mesmo entre os atletas que vão estar na reserva, já que ao invés do banco eles poderia utilizar as cadeiras do setor premium (como exemplificaram o presidente da FCF e o secretário de Esporte).

Além do Castelão como sede única até o final do certame, a FCF também quer isenção de taxas para que os clubes utilizem o equipamento, já que os duelos vão acontecer sem público e consequentemente não vão gerar renda.

"Vou pedir ao Rogério que não cobre nenhuma taxa dos clubes porque não tem arrecadação e tenho certeza que ele vai ser sensível de atender, porque ele já fez no jogo entre Ceará e Sport (em 15 de março, pela Copa do Nordeste)", disse Mauro Carmélio.

O Campeonato Cearense ainda não tem data definida para ser retomado, mas há uma expectativa de que seja no mês de julho, caso a liberação gradativa de atividades por parte do Governo comecem junho e que os treinos dos clubes estejam logo na primeira fase, como esperam os dirigentes.