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Bicampeão invicto, Ceará conquista o Nordeste pela segunda vez
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Bicampeão invicto, Ceará conquista o Nordeste pela segunda vez

Alvinegro vence Bahia no segundo jogo da final por 1 a 0 e fatura segunda Orelhuda da história, novamente sem perder nenhuma partida
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 Aglomeração de emoções do elenco após o gol de Cléber, que praticamente sacramentava o título
 (Foto: Pedro Chaves/FCF)
Foto: Pedro Chaves/FCF  Aglomeração de emoções do elenco após o gol de Cléber, que praticamente sacramentava o título

O orgulho que o torcedor do Ceará tinha de dizer que era o único campeão invicto da era moderna da Copa do Nordeste (desde 2013), dobrou de tamanho.

Ao bater o Bahia por 1 a 0, ontem, no segundo jogo da final do torneio, o Vovô sagrou-se bicampeão do Nordeste, novamente sem perder nenhuma partida, como foi em 2015.

Além do clube, o técnico Guto Ferreira também celebrou um bicampeonato particular. Ele foi o primeiro treinador a faturar duas Orelhudas, taça entregue ao campeão do Nordestão desde a reformulação da competição — a primeira vez tinha sido justo como treinador do Bahia, em 2017.

As coincidências com 2015 estão no adversário e no fato de o Vovô ter vencido as duas partidas. Dessa vez, no entanto, a conquista foi em território baiano, no estádio Pituaçu, o placar agregado (4 a 1) teve um tento a mais e o torcedor não pôde celebrar de perto, devido a pandemia do novo coronavírus, mas nada que diminua a sensação.

Antes mesmo do fim da partida já se ouviam fogos e gritos em Fortaleza, especialmente após os 15 minutos do segundo tempo, quando Cléber já tinha marcado o único gol do segundo duelo, ampliando a vantagem alvinegra e tirando qualquer esperança do torcedor do Bahia.

O gol, inclusive, coroou a ótima participação do centroavante, que é baiano, no restante do torneio, retomado em sede única desde a última partida da primeira fase, em 21 de julho. Ele jogou as cinco partidas que o Vovô teve pela frente, foi titular em quatro delas, desbancando o experiente Rafael Sobis, e marcou dois gols nas finais, sendo o da virada no primeiro duelo e o último da competição.

A conquista do Ceará, porém, tem muitos outros nomes importantes, como Fernando Prass, com defesas importante e dois lançamentos que terminaram em gol no primeiro jogo da final; William Klaus, que entrou no meio do caminho e marcou no Clássico-Rei da semifinal; Charles e Fabinho, donos no meio-campo; Vina, com boa bola parada, e Fernando Sobral, o jogador mais aplicado do torneio.

Com uma defesa segura, ataque cirúrgico e capacidade de adaptação ao estilo de jogo do adversário, o Ceará conseguiu chegar à final e ser campeão sobre o Bahia, time de Série A tal e qual o próprio Alvinegro, sem grandes dificuldades.

Ontem, o Bahia foi até mais agressivo, como já se esperava, pois entrava em desvantagem. Em 90 minutos, porém, a defesa mais complicada que Prass fez foi de um chute de Fernandão, da intermediária, logo aos 7 minutos.

O Tricolor, no entanto, não tinha facilidade para entrar na grande área — e quando conseguia, perdia para a defesa alvinegra —, por isso os chutes de longa distância e bola levantadas na área foram constantes. O mais perto da emoção do gol foi uma mão na bola polêmica de Fabinho, dentro da área. A arbitragem de vídeo (VAR) revisou, porém, e descartou a infração.

Com o 0 a 0 até o intervalo, não restava mais nada ao Bahia que não fosse se lançar todo ao ataque. Roger Machado tirou um zagueiro e colocou o meia-atacante Clayson. A única certeza a partir daí era que os espaços para contra-ataque apareceriam.

Aos 15 do segundo tempo, Leandro Carvalho parte com a bola pela esquerda e antes de ser derrubado, passa para Bruno Pacheco, que penetra na grande área e avança quase até a linha de fundo, marcado por um defensor. Ele cruza para o meio e Cléber, que acompanhou toda a jogada pelo meio, desviou para o gol. Do resto do jogo, o torcedor nem lembra. É mero detalhe.

 

Ficha técnica

Bahia 0x1 Ceará

Bahia

4-2-3-1: Anderson; João Pedro (Nino Paraíba), Lucas Fonseca (Clayson), Juninho e Juninho Capixaba; Gregore e Flávio; Rodriguinho, Élber e Rossi (Marco Antônio); Fernandão. Téc: Roger Machado.

Ceará

4-2-3-1: Prass; Samuel Xavier, Klaus, Luiz Otávio e Bruno Pacheco (Alisson); William Oliveira e Fabinho; F. Sobral, Vina (Sobis) e Leandro Carvalho (Mateus Gonçalves); Cléber (Bergson). Téc: Guto Ferreira

Local: Pituaçu, em Salvador-BA

Data: 4/8/2020

Árbitro: Caio Max-RN

Assistentes: Jean Márcio dos Santos-RN e Flávio Gomes Barroca-RN

Cartões amarelos: Fernandão, Rossi, Rodriguinho, Gregore (BAH) Samuel Xavier, Diogo Silva, Luiz Otávio, Leandro Carvalho (CEA)

Sem renda e público, já que o jogo foi realizado com portões fechados em decorrência da pandemia do novo coronavírus

 

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