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O vazio no trono e a corrida pela sucessão de Messi e Cristiano Ronaldo
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O vazio no trono e a corrida pela sucessão de Messi e Cristiano Ronaldo

Com a queda de rendimento e as eliminações precoces de Messi e Cristiano Ronaldo, disputa pelo prêmio de melhor do mundo pela Fifa ganha novos competidores. Incluindo um certo camisa 10 brasileiro
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Neymar e Mbappé são candidatos a melhor do mundo após a era Messi/CR7 (Foto:  David Ramos / POOL / AFP)
Foto: David Ramos / POOL / AFP Neymar e Mbappé são candidatos a melhor do mundo após a era Messi/CR7

Por mais que ainda sejam decisivos, Messi e Cristiano Ronaldo já não estão no auge das respectivas carreiras. Com isso, surge o vazio no trono. Que jogadores podem ser os sucessores como melhor jogador do mundo?

Quem naturalmente desponta é Neymar, que aos 29 anos visa protagonizar a maior conquista da história do Paris Saint-Germain (PSG): ser campeão da Liga dos Campeões pela primeira vez.

Ainda que o PSG tenha o prodígio francês Mbappé, 22, o fato é que Neymar é o protagonista do time. Com eventual título do clube parisiense, existe chance considerável de o camisa 10, terceiro melhor do mundo em 2015, subir ao alto do pódio no prêmio da Fifa.

O principal rival de Neymar ao prêmio, assim como na temporada passada, é o artilheiro e atual melhor jogador do mundo Robert Lewandowski, 32, autor de 37 gols em 33 jogos. Acostumado a balançar as redes, o centroavante é a principal figura do excelente Bayern de Munique, que conquistou todos os títulos possíveis em 2020/21 - além do Mundial de Clubes da Fifa.

Uma joia norueguesa, Erling Haaland mostra potencial para despontar como um dos melhores jogadores do mundo nos próximos anos. Aos 20 anos, ele já ultrapassou a marca dos 100 gols na carreira e, jogo a jogo, faz por valer o apelido de "Cometa". Ainda que jogue no Borussia Dortmund, de um nível inferior a rivais continentais, não seria surpresa nenhuma chegar em uma fase ainda mais aguda da Liga dos Campeões.

A reta final da Liga dos Campeões vale a taça mais desejada do Velho Continente, mas também coloca em evidência um favorito na disputa a mais alta premiação individual do futebol: o prêmio The Best, da Fifa.

De forma unânime, os jornalistas Bruno Formiga (Esporte Interativo), Gustavo Hofman (ESPN Brasil) e Julio Gomes (UOL) colocam Neymar e Lewandowski, com Mbappé correndo por fora, como os prováveis vencedores do The Best. A reta final é o termômetro.

Ganhando o prêmio ou não, é preciso considerar que o brasileiro é o jogador com o talento mais próximo aos de Messi e Cristiano Ronaldo. As conquistas dele no futebol europeu já o colocam no patamar dos maiores jogadores brasileiros na Europa, mesmo tem a taça da Copa do Mundo.

O atacante polonês Robert Lewandowski é o maior "rival" de Neymar
O atacante polonês Robert Lewandowski é o maior "rival" de Neymar (Foto: FRANCK FIFE / POOL / AFP)

"O futebol tem três melhores jogadores na atualidade: Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar. O brasileiro foi protagonista da Liga dos Campeões vencida pelo Barça na temporada 2014/2015. Sempre manteve um nível alto de rendimento. Está entre os melhores, sem dúvidas", dispara Gustavo Hofman.

Outra comparação que mostra a grandeza de Neymar é com Messi, por conta do estilo de jogo parecido entre ambos e a longevidade em alto nível, como avalia Bruno Formiga.

"(Pep) Guardiola sempre fala que ninguém é mais parecido com o Messi do que Neymar. É quem tem mais capacidade mental e técnica. E ninguém ficou tanto tempo jogando bem". O catalão treinou o argentino entre 2008 e 2012. Neymar chegou ao Barça no ano seguinte.

Analisando a carreira dos três, Julio Gomes ainda não vê o brasileiro no mesmo nível, mas não descarta o potencial para uma carreira similar às do argentino e do português.

"Em termos de carreira não tem ninguém perto (de Messi e Ronaldo), nem mesmo o Neymar, ainda que ganhe a Liga dos Campeões (desta temporada). Ele ainda tem alguns anos em alto nível, por isso tem potencial pra chegar no mesmo nível. Hoje, Neymar, Lewandowski, De Bruyne e Mbappé, ninguém está nem perto de fazer o que Messi e CR7 faziam nos melhores anos". (Victor Hugo Pinheiro / Especial para O POVO)

 

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