Desde que Messi entregou uma carta registrada comunicando ao Barcelona o desejo de deixar o clube, o mundo do futebol entrou em polvorosa para descobrir qual seria o novo clube do craque. O Manchester City pintou como principal favorito, muito por conta da boa relação entre o camisa 10 e Pep Guardiola, ex-técnico do argentino e atual do clube inglês. O que parecia certo, porém, sofreu reviravolta: Messi decidiu ficar no Barcelona. A permanência não é um "sim" definitivo, mas é fato consumado e anunciado por ele próprio que ele jogará no clube catalão até o final da temporada 2020/21.
O contrato de Messi com o Barcelona é válido até o junho de 2021. Entretanto, existia cláusula que garantia ao craque o direito de encerrar o vínculo antes do próximo ano. O entrave é que a brecha contratual era válida até 31 de maio deste ano — próximo ao término original da temporada —, portanto, La Pulga perdeu o direito com o adiamento dos jogos em razão da pandemia do novo coronavírus. Mesmo com o desejo do argentino, o Barça condicionou a saída ao pagamento da multa rescisória de 700 milhões de euros (cerca R$ 4,3 bilhões, em câmbio atual).
Como a temporada foi paralisada devido à pandemia do novo coronavírus, o jogador contestou que a clausula de rescisão não teria perdido a validade. A reclamação estava às vias de um encaminhamento judicializado e Messi cedeu.
Ao anunciar a permanência, o supercraque deixou claro não ter interesse de entrar em uma queda de braço com o clube. "Eu não estava feliz e queria sair. Não me foi permitido fazer isso e vou ficar no clube para evitar entrar em uma disputa legal. A administração do clube liderada por Bartomeu (presidente do clube) é um desastre", disparou, em entrevista/comunicado ao site Goal.com.
O camisa 10 parte para a provável temporada de despedida no Camp Nou em meio ao mundo de incertezas blaugranas. Sem dinheiro em caixa, o Barcelona não vai proporcionar a Messi contratações de impacto e terá a mesma base de jogadores que estiveram em campo na vexaminosa derrota por 8 a 2 para o Bayern de Munique. O holandês Ronald Koeman, novo técnico da equipe, tem o desafio de "juntar os cacos".
Apesar da insatisfação com a diretoria do Barça, Messi não deve demonstrar má vontade dentro de campo — não seria do feitio dele. O brilhantismo continuará ao seu lado na despedida ao amado clube espanhol, que defende há 19 temporadas. Como um ser humano competitivo, o argentino vai fazer de tudo para entregar uma temporada mágica aos Culés nessa "última dança em Barcelona".
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“Veja a entrevista completa no DAZN”