A semana começa em Porangabuçu e no Pici com todas as atenções voltadas para o sétimo e último Clássico-Rei do ano. O encontro em plena Série A, válido agora pelo segundo turno, traz ingredientes que evidenciam a relevância do confronto de despedida da temporada, marcada pelo parelho retrospecto recente.
Um simples detalhe do último clássico ano já esquenta a temperatura no pré-jogo. Ceará e Fortaleza chegam para a 26ª rodada da Série A com a necessidade de recuperação. A dupla principal do futebol cearense saiu derrotada nos embates do fim de semana. O Vovô perdeu em casa de virada para o Atlético-GO, enquanto o Leão foi batido pelo Bragantino longe de seus domínios.
Dois revezes amargos contra adversários diretos. No contexto de cada partida, o entendimento é de que ambos deixaram escapar a chance de pontuar. Para piorar, as derrotas foram concretizadas na reta final do segundo tempo.
Apesar dos resultados negativos, Ceará e Fortaleza ainda possuem situações favoráveis na tabela do Brasileirão. A expectativa é de que os dois consigam realizar campanhas tranquilas até o fim da competição.
O clube de Porangabuçu tem vantagem sobre o rival e ocupa a décima colocação com 32 pontos, configurando entre os melhores ataques do torneio, com 35 gols marcados. Já o time do Pici está em 13º com 30 pontos e possui a terceira defesa menos vazada.
Mas de forma objetiva, por que é fundamental vencer o último Clássico-Rei de 2020? Para entender a importância do encontro, explico em quatro pontos.
O primeiro deles está na conta simples de disputar um clássico. Vencer significa desfrutar de bom ambiente, do apoio da torcida e, consequentemente, instalar a pressão no maior rival para a sequência da temporada.
O segundo ponto é a matemática na tabela da Série A. Bater o principal adversário no Castelão garante três pontos na campanha. O triunfo pode representar a consolidação de vez na parte de cima do campeonato.
O terceiro detalhe segue com o olhar para a tabela. Somar pontos e melhorar a campanha significa também se distanciar da zona de rebaixamento. A permanência é o principal objetivo do Vovô e do Leão no Brasileirão.
Por último, o fator confiança. O elenco vencedor ganha fôlego extra para a sequência do campeonato. A comissão técnica terá ainda mais tranquilidade e respaldo para trabalhar.
No caso do Fortaleza há o detalhe de que Marcelo Chamusca está no começo do trabalho, com a pressão de substituir Rogério Ceni, considerado por muitos o maior treinador da história do clube. O técnico atual do Leão recém-completou um mês à frente da equipe e só venceu uma partida de seis disputadas.
Chamusca volta a encontrar o Ceará como técnico do Fortaleza. O retrospecto do treinador comandando o Leão no Clássico é de apenas três jogos, uma derrota e duas vitórias, sendo uma delas a que garantiu o título Cearense de 2015 com gol de Cassiano.
Já Guto Ferreira possui cinco clássicos comandando o Ceará, todos em 2020. São duas vitórias, na semifinal do Nordestão e no primeiro turno da Série A, e três derrotas, uma na fase de grupos e duas nas finais do Cearense.