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"Fala, xerife": zagueiros projetam equilíbrio no Clássico-Rei de amanhã
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"Fala, xerife": zagueiros projetam equilíbrio no Clássico-Rei de amanhã

Luiz Otávio e Paulão, zagueiros de Ceará e Fortaleza, respectivamente, destacam dificuldade de jogar contra o maior rival. Defensor alvinegro fala em "final", enquanto o tricolor resgata a missão de parar o forte ataque adversário
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Luiz Otávio é um dos jogadores mais experientes do elenco do Ceará (Foto: Aurelio Alves)
Foto: Aurelio Alves Luiz Otávio é um dos jogadores mais experientes do elenco do Ceará

O ano está quase no fim, mas o Campeonato Brasileiro deste ano ainda tem aproximadamente um terço dos jogos a serem disputados, com encerramento previsto somente para fevereiro de 2021. Nesta etapa do torneio, definições de objetivos e lutas por posições acabam sendo mais bem delimitadas. O confronto entre Fortaleza e Ceará de amanhã, às 20h30min, na Arena Castelão, pela 26ª rodada do Brasileirão, além de colocar frente a frente rivais históricos, tem como fator relevante a disputa por posições próximas na tabela, já que as equipes têm mantido disputa parelha na tabela.

O Alvinegro está na 11ª colocação, com 32 pontos, enquanto o Leão está duas abaixo, com 30. O Vasco da Gama-RJ, primeiro time dentro da zona de rebaixamento, está com 25 pontos, mas tem uma partida a menos que os cearenses. Ontem, zagueiros símbolos de firmeza dos sistemas defensivos dos rivais, Luiz Otávio, do Ceará, e Paulão, do Fortaleza, concederam entrevistas coletivas guiadas.

O zagueiro do Vovô, Luiz Otávio, dimensionou a relevância do Clássico-Rei para quem participa dele ao classificá-lo como um tipo de “final de campeonato”.

“A semana de trabalho muda, a mobilização, não só dentro, mas fora, também, muda. Toda a concentração, toda a tensão, o foco, a determinação, a vontade, garra, empenho. São vários ingredientes que aparecem em um Clássico-Rei. Já tive a oportunidade de disputar alguns. E sempre foi decidido nos mínimos detalhes. Estamos ligados para minimizar nossos erros e sermos efetivos quando necessário. Sabemos que é uma final de campeonato para nós. Temos que entrar focados para conseguir os três pontos”, ressaltou.

Luiz Otávio participou de 45 dos 57 jogos do Alvinegro de Porangabuçu na temporada 2020, mas em somente um deles ele veio do banco — justamente no primeiro e único Clássico-Rei com torcida, na primeira fase da Copa do Nordeste. Além disso, ele atuou os 90 minutos em todos os outros confrontos, com exceção de um embate da Copa do Brasil contra o Vitória-BA, quando ele foi substituído aos 29 minutos da etapa final.

Já Paulão, em sua fala, apontou a qualidade ofensiva do rival, que entrou a rodada como sétimo melhor ataque do Campeonato Brasileiro.

“Eu acredito que tanto o ataque do Ceará, como de outras equipes que costumam fazer muitos gols,  (merecem) uma marcação e uma atenção redobrada. Então a gente realmente precisa ter atenção, voltar a ser aquele sistema defensivo, como num todo, consistente, para que possamos sair com o resultado positivo”, apontou, destacando a bola parada como possível fator de decisão — tal qual aconteceu em alguns dos Clássicos-Rei desta temporada.

O veterano defensor tricolor de 34 anos acumula bons números no Brasileirão. Em 19 jogos disputados, ele é o líder do Leão em cortes, 75, e em chutes travados, 16, de acordo com levantamento do portal de estatísticas Sofascore. São, ao todo, 37 jogos na temporada, sendo 35 como titular.

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