Foram dez meses de espera no banco de reservas do Ceará pela grande oportunidade. Nos bastidores, o gaúcho de 20 anos trabalhava forte enquanto o momento não chegava. Léo Chú passou a maior parte de 2020 esquecido até ganhar a chance de Guto Ferreira para ser titular logo diante do Corinthians-SP, estreando no Brasileirão como profissional. De lá pra cá, ele se tornou peça importante do setor ofensivo do Vovô.
O atacante é a principal novidade no time comandado por Guto Ferreira para enfrentar o Internacional-RS. O atleta cumpriu suspensão pelo terceiro cartão amarelo na última rodada do Brasileirão em 2020, quando a equipe cearense empatou com o Santos na Vila Belmiro.
De desacreditado, Léo Chú ganhou a titularidade e deu maior mobilidade ao ataque alvinegro. O camisa 26 cumpre papel importante na recomposição sem a bola, na transição e é válvula de escape na ponta-esquerda do setor ofensivo.
Apesar de ter demorado a virar a chave no Ceará, o atacante tem 11 jogos na Série A e ostenta números positivos. O extremo possui dois gols, quatro assistências e média de 1,2 passe decisivo por jogo.
O técnico Guto Ferreira é responsável direto pelo surgimento do atacante como peça importante do ataque. Foi o treinador que o lançou como titular no Brasileirão em momento de oscilação e pressão do Vovô.
Até o embate contra o Corinthians, Léo Chú só havia disputado três jogos na temporada, nenhum deles como titular. Antes da pandemia paralisar o calendário do futebol brasileiro, o atacante estreou com a camisa do Ceará contra o Caucaia, em fevereiro, em duelo válido pelo Campeonato Cearense, quando o técnico ainda era Enderson Moreira.
Depois, o jogador voltou a defender o Alvinegro em julho e em setembro, contra o CRB-AL, na Copa do Nordeste, e Brusque-SC, na Copa do Brasil, já sob o comando de Guto Ferreira.
O cenário até então para o jovem se desenhava para uma temporada sem brilho, no primeiro ano de profissional. Ele foi contratado pelo Vovô para compor o elenco de 2020, vindo em empréstimo junto ao Grêmio-RS. A contratação teve pouca repercussão tendo em vista o status de aposta do jogador, além de que, naquele momento, o foco do Ceará no mercado era Rossi, que acabou indo para o Bahia.
A oportunidade surgiu quando o time do Porangabuçu vivenciou fase de oscilação logo após golear o Brusque e se classificar na Copa do Brasil, partida em que Chú entrou bem no segundo tempo. Depois da vitória elástica, a equipe caiu de produção e acumulou quatro partidas sem vencer, evidenciando a necessidade de mudança de peças.
Foi neste contexto que Léo Chú recebeu a oportunidade como titular contra o Corinthians. Com ele, o Ceará passou a ser mais agressivo pelo lado esquerdo. A estreia na Série A foi coroada com vitória.
"Fez uma baita partida, a tendência é ter sequência. Nunca neguei oportunidade para nenhum jogador, os que me dão resposta positivas em campo tendem a ganhar outras chances. Quem ganha com isso é o grupo", disse Guto Ferreira sobre Léo Chú após a atuação diante do time paulista.
Com a regularidade nas partidas, o atacante teve a sequência prometida e não largou mais a condição de titular. Ao lado de Vina e Lima, Léo Chú deu o equilíbrio que o setor ofensivo precisava para engrenar.
11 jogos
2 gols
4 assistências
1,2 média de passe decisivo por jogo