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Por maior poder de fogo, Enderson Moreira dá nova cara ao ataque do Fortaleza
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Por maior poder de fogo, Enderson Moreira dá nova cara ao ataque do Fortaleza

Treinador quer Leão ofensivo na reta final da Série A e elogia produção em revés, mas tenta reduzir exposição defensiva para manter retaguarda sólida
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Romarinho pode ser a maior venda da história do Fortaleza, mas negociação está parada (Foto: Aurelio Alves)
Foto: Aurelio Alves Romarinho pode ser a maior venda da história do Fortaleza, mas negociação está parada

A escalação do Fortaleza na derrota por 4 a 2 para o Internacional-RS, no último domingo, 17, fez o torcedor lembrar do esquema tático 4-2-4 utilizado com sucesso por Rogério Ceni em 2019 e em parte de 2020. Enderson Moreira, porém, deu nova cara ao setor ofensivo da equipe e tenta encontrar o equilíbrio entre defesa e ataque.

Recuperado de Covid-19, David retornou ao time titular do Tricolor e se juntou a Romarinho, Osvaldo e Wellington Paulista. Mas o fator surpresa é a presença do lateral-direito Tinga como um ponta, com presença assídua no campo de ataque. O camisa 2 participou do lance do segundo gol diante do Colorado, por exemplo.

Já Romarinho, que balançou as redes no Beira-Rio após longo jejum, ganhou função mais recuada, fazendo as vezes de armador, para explorar as brechas nas entrelinhas dos adversários — ou seja, os espaços entre a linha defensiva e a linha de meio-campo. O camisa 20 passa a ter mais espaço para carregar a bola em velocidade e municiar os companheiros.

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A nova formação agradou ao comandante do Leão, que destacou a produção ofensiva do time. Os dois gols em Porto Alegre encerraram o jejum de mais de 400 minutos sem marcar, mas a equipe do Pici segue com o terceiro pior ataque da Série A, ao lado do Botafogo-RJ, com 26 tentos.

Em contrapartida, a defesa mostrou fragilidades. Na avaliação do treinador, a pressão após a perda da posse de bola foi falha e deu liberdade para os donos da casa construírem chances de gol e balançarem as redes quatro vezes. Com o modelo mais ofensivo — e, consequentemente, mais exposto —, o desafio é manter o rendimento do sistema defensivo, que atualmente é o sexto menos vazado, com 30 gols sofridos.

"Todo esquema pode acontecer, tudo a gente pode fazer. Não acho que a gente tenha ficado... A gente ficou exposto nas transições porque errou muitos passes ali na frente, em determinado momento forçou muito essa bola. Mas a gente fez um jogo equilibrado", analisou Enderson Moreira.

O tempo para ajustes, no entanto, é curto e sob pressão. Sem vencer há oito jogos, o Fortaleza ocupa a 16ª colocação do Brasileirão, com 32 pontos, e volta a campo amanhã, 21, contra o Santos-SP, a partir das 19 horas, na Arena Castelão, pela 31ª rodada.

"Nós precisamos ter uma equipe equilibrada. Não adianta ser uma equipe que só se defenda e nem adianta ser uma equipe que só ataca. A gente precisa buscar esse equilíbrio. Eu sei que é muito pouco tempo, mas a gente está tentando, de todas as formas, equilibrar. Ofensivamente, a gente cresceu muito, mas defensivamente teve um desequilíbrio. Precisa voltar novamente a ter tranquilidade, se reorganizar. A gente sabe que pode mais. O poder de reação da equipe foi bom, fizemos um jogo que poderíamos ter virado em cima do Internacional, mas, infelizmente, não foi possível. É buscar esse equilíbrio, buscar uma equipe que possa ser ofensiva, competitiva, que defenda bem. É o que a gente vai buscar já para quinta-feira", explicou o técnico.

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