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Sem Enderson, Fortaleza terá auxiliar caseiro no comando contra Atlético-MG
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Sem Enderson, Fortaleza terá auxiliar caseiro no comando contra Atlético-MG

Tricolor sofre baixa do técnico, diagnosticado com Covid-19, e alça assistente Leonardo Porto ao posto de interino para a partida no Mineirão
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Léo Porto, treinador do Fortaleza sub-23, conversou com o FutCast, podcast do O POVO (Foto: Bruno Oliveira/Fortaleza EC)
Foto: Bruno Oliveira/Fortaleza EC Léo Porto, treinador do Fortaleza sub-23, conversou com o FutCast, podcast do O POVO

Depois da derrota por 2 a 0 para o Atlético-GO, no último domingo, 24, a volta do Fortaleza aos trabalhos, na tarde de ontem, no CT Ribamar Bezerra, teve rotina diferente. Sem o técnico Enderson Moreira, diagnosticado com Covid-19, o auxiliar fixo Leonardo Porto assumiu o comando de forma interina e estará à beira do campo na próxima partida pela Série A.

Além do treinador, o auxiliar Luis Fernando Flores e o preparador físico Edy Carlos Soares apresentaram sintomas gripais leves, testaram positivo para o novo coronavírus e deram início ao período de isolamento. A ausência da dupla, que compõe a comissão técnica de Enderson, repercute no dia a dia do Tricolor, que precisará dos profissionais "caseiros" para tocar as atividades.

O posto principal será ocupado pelo gaúcho Leonardo Porto. Ex-analista de desempenho do Leão entre 2013 e 2015, o profissional fez parte da comissão técnica de Dorival Júnior de 2016 a 2020 e foi contratado para ser assistente técnico fixo do clube do Pici em dezembro do ano passado, ainda com Marcelo Chamusca. Um dos analistas de desempenho deve auxiliar o interino nos trabalhos da semana.

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Com o suporte da tecnologia, Enderson Moreira deve participar da rotina por chamadas e receber vídeos e relatórios dos treinos, mas o desfalque do comandante influencia em decisões e observações, por exemplo, além da sequência na metodologia do trabalho iniciado há apenas 20 dias. A bola parada, principalmente na fase ofensiva, é uma das preocupações da comissão técnica para a reta final do Brasileirão.

"A gente precisa de uma batida rápida, bem posicionada e de um ataque nessa bola, de atropelar e atacar. A gente tem trabalhado, trabalhei muito (sábado) essas possibilidades. Mas concordo que é um ponto que a gente precisa melhorar, porque em jogos equilibrados, às vezes, precisa fazer a diferença em uma bola parada. A gente tem bons cobradores, bons cabeceadores, então precisa fazer a diferença nesse sentido", avaliou o técnico, em entrevista após o revés em Goiânia.

Na 16ª colocação, com 35 pontos, o Fortaleza enfrenta o Atlético-MG no próximo domingo, 31, às 17 horas, no estádio Mineirão, em Belo Horizonte, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Invicto contra o argentino Jorge Sampaoli, comandante do Galo, o time do Pici quer surpreender para sair da beira do zona de rebaixamento.

"A importância dele (Enderson Moreira) na beirada do campo é muito grande. Infelizmente, ele não vai estar nessa partida, mas nós temos a semana toda para trabalhar, tentar representar bem ele e quem sabe trazer uma vitória de lá", disse o lateral-esquerdo Carlinhos, que volta a ficar à disposição após cumprir suspensão automática. "Temos que encarar como uma decisão. Não vai ser jogo fácil. É focar no dia a dia para chegar lá, fazer um bom trabalho e pontuar, que é o que a gente está precisando", completou o camisa 6.

FORTALEZA, CE, BRASIL, 09.01.2021: Yuri Cesar. Fortaleza x Gremio, pelo campeonato Brasileiro, na Arena Castelão. Em época de COVID-19. (Foto: Aurelio Alves/O POVO).
FORTALEZA, CE, BRASIL, 09.01.2021: Yuri Cesar. Fortaleza x Gremio, pelo campeonato Brasileiro, na Arena Castelão. Em época de COVID-19. (Foto: Aurelio Alves/O POVO).

Yuri César é vendido pelo Flamengo para clube árabe e deixa o Fortaleza

Esta terça-feira, 26, foi movimentada também nos bastidores do Pici. Comunicado pelo Flamengo-RJ da venda do atacante Yuri César para o Shabab Al Ahli, dos Emirados Árabes, o Fortaleza se despediu do jogador de 20 anos e faturou cerca de R$ 1,5 milhão pela "cláusula de vitrine", apurou O POVO.

Informado pelo clube carioca da negociação, concluída por 6 milhões de dólares (cerca de R$ 31 milhões na cotação atual), de acordo com o Jornal O Dia, o Tricolor liberou o retorno do camisa 57 ao Rio de Janeiro e confirmou a rescisão do vínculo no Boletim Informativo Diário (BID), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Contratado em março pelo Leão, o atacante disputou 39 partidas e marcou cinco gols — o último deles em agosto, no triunfo por 3 a 1 sobre o Goiás. O desempenho inicial, com gols e boas atuações, agradou, mas não foi suficiente para ele se firmar entre os titulares. O jogador foi um dos primeiros diagnosticados com Covid-19 no clube, em meio à Série A, e chegou a ser multado por quebrar o protocolo de distanciamento social indo a uma casa noturna junto ao atacante David.

Yuri César tinha retorno previsto ao Rubro-Negro para a temporada 2021, mas a oferta árabe forçou uma mudança de planos. O contrato inicial de empréstimo previa uma taxa de vitrine de 10% para o Fortaleza em caso de venda, mas o percentual foi reduzido para 5% no acordo da prorrogação do vínculo até fevereiro, ao término do Brasileirão.

Titular na derrota para o Atlético-GO, o atacante é mais uma baixa no elenco tricolor na reta final do Campeonato Brasileiro — o meia Marlon já havia acertado pré-contrato com o Ceará. As opções restantes para o setor ofensivo são Bergson, David, Éderson, Osvaldo, Romarinho e Wellington Paulista.

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