A retranca com cinco defensores não foi suficiente para segurar o melhor mandante do Brasileirão. Com ataque inoperante, o Fortaleza tombou diante do Atlético-MG e acabou derrotado por 2 a 0 no Mineirão, na tarde de ontem, pela 33ª rodada da Série A. Os gols foram marcados por Guilherme Arana e Vargas.
Com o revés, o Tricolor desperdiçou a chance de sair da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Resta agora o time do Pici torcer por tropeço do Sport contra o Flamengo, hoje à noite, para não ver o adversário direto se distanciar na briga contra a degola.
O Atlético-MG, por sua vez, segue vivo na briga pelo título da competição. A equipe comandada pelo técnico Jorge Sampaoli está a cinco pontos do líder Internacional e torce por tropeço do Flamengo, que ainda sonha com o bi nacional.
O resultado no Mineirão é considerado normal diante da diferença técnica dos elencos e da situação de ambos na tabela. Entretanto, a maneira como se desenhou a derrota Tricolor abala ainda mais a confiança do elenco cearense, que desperdiçou o segundo pênalti consecutivo no torneio e sofreu com o frágil sistema ofensivo.
Faltando cinco rodadas para o fim da Série A, o Fortaleza precisa vencer urgentemente e depende justamente da reação do ataque, completamente apático e o terceiro pior do Brasileirão.
Sem Enderson Moreira, que se recupera da Covid-19, o auxiliar Léo Porto escalou o Leão no 5-4-1. A ideia de jogo era se defender contra o poderoso ataque atleticano e lutar por uma bola no contragolpe. No primeiro tempo, a proposta de segurar o ímpeto ofensivo do Galo funcionou. Apenas duas chances claras dos donos da casa, uma delas parou em defesaça de Felipe Alves.
Por outro lado, o ataque foi quase nulo. No segundo tempo, a organização defensiva do Leão não se manteve. Ao mesmo tempo, o Galo seguiu com a postura agressiva e achou espaço na zaga adversária. Arana recebeu livre, sem qualquer marcação, e finalizou na rede com 11 minutos.
O segundo gol veio dez minutos depois. O árbitro Pedro Vuaden assinalou pênalti após Jackson tocar com o braço na bola, dentro da área, com auxílio do VAR. Felipe Alves ainda defendeu a cobrança de Vargas, mas a pelota voltou nos pés do chileno que ampliou o placar.
Em desvantagem, Léo Porto colocou Osvaldo no lugar de Wellington Paulista e Quintero na vaga de Jackson, este que deixou o campo por lesão. A mudança no ataque liberou David para ser o último homem à frente.
O Leão até ensaiou uma reação e teve pênalti a favor, quando David foi derrubado na área. Osvaldo pegou a bola e cobrou na trave. O desperdício da penalidade sugou de vez o ímpeto ofensivo dos cearenses. Contra o Atlético-GO, Juninho também perdeu uma penalidade.
Os mineiros chegaram a marcar o terceiro, mas o gol foi anulado pela arbitragem devido a impedimento de Marrony. No apito final, festa atleticana e abatimento tricolor.
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