A Bolívia tem dois representantes do seu futebol no Grupo C da Copa Sul-Americana. Além do Jorge Wilstermann de Cochabamba, o Bolívar de La Paz, disputa com Arsenal de Sarandí-ARG e com o Ceará uma vaga nas oitavas de final do torneio. A equipe da capital do país chega para a disputa da atual competição como o mais tradicional em torneios internacionais, além de já ter conquistado o vice-campeonato da Sula em 2004 e quarta colocação na Libertadores em 2014.
O Bolívar chega a Sul-Americana como um dos times eliminados da Libertadores, após perder na terceira fase para o Junior Barranquilla (4 a 2 para os colombianos no agregado). Tem maior participação no âmbito internacional entre todos do grupo, contando com 35 aparições apenas na Libertadores.
Na atual temporada, a equipe reformulou o elenco por decisão da diretoria. Chegaram 16 novos jogadores e o time ainda busca entrosamento. O maior problema desse novo time tem sido o ataque, uma vez que não consegue ser tão eficiente ofensivamente. No campeonato boliviano tem o pior ataque dos seis primeiros, com apenas cinco gols marcados em quatro jogos - The Strongest e Royal Pari, por exemplo, têm 14 e 18 cada, respectivamente.
O Bolívar ocupa a quarta posição do Campeonato Boliviano após quatro rodadas. Tem nove pontos, com três vitórias e uma derrota. Fez cinco gols, tomou três e tem o saldo positivo de dois.
A equipe deve ter uma grande baixa para as rodadas iniciais. O atacante Leonardo Ramos recebeu cartão vermelho na Libertadores e deve ficar de fora pelo menos das duas primeiras rodadas. O técnico espanhol Natxo González, porém, tem uma equipe pré-definida titular e a ausência do argentino suspenso pode ser suprida.
No 4-2-3-1, o time-base do Bolívar é: Javier Rojas; Diego Bejarano, Alberto Guitián, Jairo Quinteros, Roberto Fernández; Álex Granell, Leonel Justiniano; Saavedra, Bruno Miranda, Jhon Garcia; Leonardo Ramos (Cesar Menacho ou Armando Sadiku).
Maior campeão boliviano com 29 títulos nacionais, a equipe chega com status de favorito do Grupo C da Copa Sul-Americana. Isso quem fala é o jornalista Marco Mejías, do Diário Página Siete de La Paz. O profissional ressaltou que o Bolíviar busca três vitórias em casa e mais um triunfo fora, contra o Jorge Wilstermann, rival boliviano, entendendo ser suficiente para a classificação. Além disso, avalia o Ceará como uma incógnita.
"É um eliminado da Libertadores, após perder para o Junior Barranquilla. É grande favorito. Esperam ganhar nove pontos e roubar três do Wilstermann. Conversei com alguns jogadores. A visita a Fortaleza pode ser pelo menos um ponto. Praticamente asseguraria o time na próxima fase da Sul-Americana. Não viram o grupo com maus olhos, que tem o rival Jorge, o Arsenal que não é um dos grandes da Argentina e o Ceará, uma incógnita", analisou o jornalista boliviano.
Além da experiência no torneio, tem um outro trunfo: a altitude. Com uma elevação de 3.640 metros do nível do mar, é um local que historicamente os brasileiros têm dificuldades, uma vez que, por ter um ar mais rarefeito por conta da altitude, o oxigênio chega em menor quantidade aos pulmões. Sem o costume, muitos brasileiros precisam de bomba de O2 para poder não ter falta de ar.
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