A eliminação da Copa do Nordeste disparou o cronômetro à espera do Campeonato Brasileiro; a demissão de Enderson Moreira deu início à contagem regressiva pela chegada do futuro comandante. Ainda sem o novo treinador definido após mais de uma semana, o Fortaleza evita pressa, mas tenta chegar a um desfecho a menos de um mês da Série A.
A maior liberdade no calendário neste mês de maio, apenas com a disputa do Campeonato Cearense, foi um dos motivos para a troca no cargo. O período livre para treinamentos e jogos de menor pressão são vistos como trunfo para adaptação do próximo técnico, sobretudo caso seja estrangeiro. O tempo segue como aliado, agora com margem mais curta, uma vez que a estreia contra o Atlético-MG será em pouco mais de 20 dias.
Primeiro alvo da cúpula de futebol do clube, Fernando Diniz não avançou nas conversas. Os contatos, então, expandiram-se pelo globo terrestre, tanto no mercado sul-americano quanto europeu - Portugual, em especial. As sondagens no processo de seleção estabelecido são lideradas pelo presidente Marcelo Paz, com auxílio do diretor de futebol Alex Santiago.
"Sobre trabalhar com treinador estrangeiro, eu, particularmente, nunca trabalhei, então não sei como é que é. Espero que seja uma coisa boa, e a gente consiga ter bons frutos no Fortaleza", disse o experiente atacante Wellington Paulista. "Um técnico que vença com o Fortaleza. A gente não tem muito o que escolher, não. O treinador que vier vai nos ajudar para que a gente consiga fazer grandes trabalhos. Estrangeiro ou brasileiro, não importa. Tendo capacidade de fazer bons trabalhos, a gente vai se adequar o mais rápido possível a ele", completou o camisa 9.
O argentino Ariel Holan, que se demitiu do Santos na semana passada, segue como favorito, mas ainda em negociação, considerada complexa pelos fatores envolvidos - desde o idioma à questão financeira. Enquanto isso, o grupo está sob comando interino do auxiliar Leonardo Porto, que esteve à frente na goleada por 4 a 1 sobre o Caucaia, no último sábado, 1º.
"Nós estamos tranquilos. A gente tem que esperar chegar o treinador para que possa pensar como ele gosta de trabalhar, o que ele gosta de fazer nos treinamentos e nos jogos. Temos que esperar. Não tem muito o que fazer, só esperar mesmo. Tomara que venha o mais rápido possível e que a gente consiga ambientar rápido para fazer um Brasileiro muito bom", ponderou Wellington Paulista, que agora soma 33 gols pelo Tricolor.
A partir de amanhã até o próximo dia 17, o Leão do Pici terá cinco jogos em sequência pela segunda fase do Estadual. Depois, em caso de classificação, disputará a reta decisiva e emendará com o Brasilerão, principal objetivo da temporada. A competição local é vista como oportunidade de experiências e preparação para a elite nacional, principalmente se o futuro treinador seguir a linha ofensiva.