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Novo técnico do Fortaleza já utilizou 28 jogadores em quatro jogos; time fez 20 gols
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Novo técnico do Fortaleza já utilizou 28 jogadores em quatro jogos; time fez 20 gols

|Fortaleza| Em pouco tempo de clube, Juan Pablo Vojvoda testou formações, recuperou atletas e deu chances
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Técnico do Fortaleza gosta de investir em conteúdo tático com o elenco
 (Foto: Aurelio Alves)
Foto: Aurelio Alves Técnico do Fortaleza gosta de investir em conteúdo tático com o elenco

Nenhum aspecto chama mais atenção no trabalho de Juan Pablo Vojvoda no Fortaleza até o momento do que a quantidade de gols marcados. Em quatro partidas, o Leão balançou as redes adversárias 20 vezes.

O número de tentos é quase o mesmo que o Tricolor marcou durante todo o período (quatro meses) de Enderson Moreira esteve no comando técnico (25). Em campo, o Leão é tão sufocante que os adversários não conseguem ter chances tão claras, tanto que nos quatro jogos — realizados no espaço de dez dias — apenas um gol foi sofrido.

Mas essa é só a parte mais nítida do efeito Vojvoda. Se observarmos um pouco melhor o trabalho do argentino, perceberemos outros pontos altos da curta trajetória dele no Leão até aqui. Mesmo dando todo o desconto necessário por ter enfrentado adversários frágeis, como Crato e Icasa.

Quando decidiu mudar de técnico no começo do mês, o Fortaleza levou em consideração o fato de que o novo comandante teria cerca de 20 dias para preparar o time para a Série A, competição mais importante do calendário, com um Estadual pela frente. Com apenas dois adversários de nível técnico mais forte (Ferroviário e Ceará), Vojvoda não deveria ter problemas para levar o time pelo menos até a semifinal e ainda teria boas partidas para fazer testes com o elenco.

Assim o argentino fez. Em quatro partidas, foram mais de 30 atletas relacionados e 28 foram a campo. Nenhuma escalação foi repetida e formações diferentes (4-1-4-1; 4-3-3; 3-4-3) foram testadas.

Com os experimentos, jogadores que vinham em momento de baixa foram recuperados e já demonstram confiança elevada. Caso de Lucas Crispim, que chegou com status de camisa 10, não se firmou, perdeu espaço e não tinha marcado nenhum gol pelo Leão. Com Vojvoda, são quatro gols em quatro jogos.

Romarinho e Luiz Henrique engrossam essa lista. Ambos passaram em branco nos dois primeiros meses da temporada, mas já possuem três tentos cada.

Os vinte gols foram marcados por dez atletas diferentes, sendo apenas dois deles volantes (Ederson e Ronald), o restante todos jogares de meio e ataque, mostrando um setor mais eficaz.

Apesar do crescimento em apetite, o Leão também tem mostrado equilíbrio. Não é uma equipe "kamikaze" como a de Rogério Ceni — que fazia muitos gols, mas sofria muitos — e sabe crescer no momento certo. Dos 20 gols marcados, 13 foram no segundo tempo, quando, em tese, o adversário está mais desgastado.

Antes de estrear na Série A, dia 30, contra o Atlético-MG, o Fortaleza tem um bom desafio. O Clássico-Rei da final do Estadual, domingo, às 17 horas, será prova relevante para mostrar se o time está pronto para ser competitivo na elite, onde nível técnico sobe bastante. Mais do que ser campeão ou não, a impressão que o Tricolor vai deixar terá ligação direta com a confiança de torcedor e com a atmosfera criada para a largada no Brasileiro.

 

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