Quatro partidas, quatro escalações diferentes. Três esquemas táticos apresentados, três goleadas aplicadas e um elenco todo à disposição (a exceção é zagueiro Jackson, com lesão no joelho esquerdo).
Diante dessas circunstâncias, projetar o Fortaleza que Vojvoda lançará a campo amanhã, na final do Estadual contra o Ceará, fica até difícil. São muitas opções para apenas onze camisas, com boas disputas.
A começar pela zaga. Titi, Benevenuto e Quintero tem status de titular junto à torcida. Os três se revezaram em três dos quatro jogos que o argentino comandou — só ficaram de fora contra o Icasa, quando a equipe titular foi mais alternativa — e o colombiano só não esteve no trio formado contra o Atlético-CE porque ainda se recuperava de lesão. Com os três em condições, Vojvoda poderá repetir o 3-4-3 ou deixar um no banco.
No meio de campo, o quebra-cabeça é ainda maior. Jussa e Éderson estão mais fixados, mas o comandante do Leão deverá pensar pelo menos duas vezes se joga com um ou dois meias, já que Matheus Vargas, Crispim e Luiz Henrique estão em alta; se optar por alas, poderá explorar Pikachu pela direita, mas também tem a possibilidade de colocar mais um volante, que jogue mais solto, com Felipe, Ronald e Blanco concorrendo para ser esta peça.
"Jussa e Ederson pretendo que sejam jogadores de equilíbrio, que possam aportar no jogo ofensivo da equipe. Para isso, preciso de volantes que cheguem na área. No princípio, está o Éderson como iniciador das jogadas e Jussa tratando de conectar o jogo defensivo com o jogo ofensivo, mas a ideia é que todos participem das ações ofensivas", disse Vojvoda, em coletiva, após o primeiro Clássico-Rei que disputou, há uma semana.
Formar o ataque também não é nenhum esforço para o treinador. David, Robson e Wellington Paulista são os favoritos, mas Romarinho vem crescendo sob o comando do argentino, já tendo marcado três gols. Apesar de ainda estar devendo, Osvaldo participou das quatro partidas de Vojvoda, o que mostra apreço do técnico.
A decisão dos onze titulares deve sair mesmo somente após o treino deste sábado. Em coletiva, ontem, Wellington Paulista chegou a comentar que o argentino costuma surpreender no último treino, mudando alguns jogadores de função e fazendo outros ajustes na equipe. De todo modo, a forma de jogar, segundo a centroavante, será a mesma.
"Todo mundo tem que estar ciente do que tem que fazer. Não adianta colocar os jogadores e eles não correrem pelo treinador. Quando ele pede as coisas, a gente assimila muito rápido a situação nos treinos e faz os jogos. Lógico, pensando nas partes ofensivas e defensivas, temos que marcar e se dedicar. No nosso elenco, todo mundo tem que marcar e atacar, então acabou favorecendo porque o espírito é muito vencedor", disse Wellington.