O Clássico-Rei é marcado por momentos curiosos. No duelo inédito da Copa do Brasil, a história não foi diferente. Após o apito final do primeiro tempo, o goleiro Felipe Alves arrancou uma placa de grama - dentro da pequena área. A estrutura do gramado precisou ser substituída no intervalo. O fato causou revolta do presidente Robinson de Castro, que entrou no campo de jogo para protestar com o elenco tricolor e cobrar a equipe de arbitragem.
Robinson de Castro tirou fotos da ação de Felipe Alves e mostrou para os jogadores do Fortaleza. Na volta para o segundo tempo, o árbitro carioca Wagner do Nascimento Magalhães foi alvo de reclamações alvinegras a fim de advertir o goleiro, entretanto, ele não viu quando o fato aconteceu. O homem do apito ainda conversou com a comissão técnica e jogadores do Ceará afirmando que não iria punir o goleiro.
De acordo com o SporTV 2, que fazia a transmissão da partida, a argumentação do Ceará é que a atitude de Felipe Alves foi com o intuito de atrapalhar o goleiro Richard, uma vez que ele iria ficar na baliza durante o segundo tempo. Entretanto, o goleiro tricolor justificou a atitude como um protesto pelo gramado ter o prejudicado no gol marcado pelo atacante Cléber.
Em nota enviada ao O POVO, o Fortaleza afirmou que o goleiro, com raiva, agiu por ter se sentido atrapalhado pelo quadrado de grama "fofa". Segundo o comunicado, Felipe Alves só retirou a "placa" por já estar ciente de replantio recente do trecho, feito no sábado, 26, e da possibilidade de substituição imediata. Segundo ele, não houve objetivo de prejudicar o rival.
O jogo de ida da Copa do Brasil terminou empatado em 1 a 1. Com a igualdade, a definição de quem avança às oitavas de final segue totalmente indefinida para o duelo de volta.